O Banco Central (BC) fez algumas mudanças nas operações compromissadas com os títulos públicos federais como uma forma de enfrentar os desafios gerados pela pandemia da covid-19, anunciou o órgão neste início de outubro.
Vale dizer que a operação compromissada consiste na oferta de títulos do tesouro nacional dentro do mercado financeiro para que haja posterior recompra dos papéis. O BC faz essa operação para controlar o excesso de liquidez nos bancos, conseguindo assim manter a taxa básica de juros (selic) próxima da meta estabelecida pelo Copom (Comitê de Política Monetária).
A Selic permanece nos 2%, menor patamar histórico, conforme foi determinado pelo Copom em setembro.
Em nota, o BC disse que precisou revisar os prazos e os valores das operações compromissadas com os títulos públicos do tesouro nacional com o objetivo de "adaptar os instrumentos de atuação do Banco Central no mercado aberto às mudanças nos condicionantes da demanda por liquidez no mercado de reservas bancárias, que tem se concentrado, por questões conjunturais, em instrumentos de curto prazo".
Por sua vez, o Tesouro Nacional explicou por nota que as alterações nas ofertas de títulos públicos objetiva a "maior flexibilidade para o gerenciamento da Dívida Pública Federal (DPF), no contexto dos impactos decorrentes da pandemia".
Mudanças no Tesouro
Segundo informações anunciadas pelo Tesouro Nacional, agora serão oferecidos títulos com prazo mais curto.
A partir de 15 de outubro, a Letra Financeira do Tesouro (LFT), atrelada à Selic, com expiração em março de 2023, passará a ser oferecida com vencimento em março de 2022.
Ademais, a Nota do Tesouro Nacional série B (NTN-B), vinculada à inflação, que vence em maio de 2023, será ofertada em leilões marcados para serem feitos em 2020 nos dias 20 de outubro, 3 de novembro, 1º de dezembro e 15 de dezembro.
Mudança em leilão
Agora o Banco Central só vai aceitar o limite máximo de R$ 600 bilhões em leilão de rolagem da operação compromissada com vencimento em 29 de outubro de 2020, que possui retorno financeiro estimado em R$ 981 bilhões. Não haverá mudanças nas demais condições desse leilão.
O BC disse em nota que "serão revistas a frequência, os prazos e os montantes dos leilões para a contratação de operações compromissadas com livre movimentação de títulos. Os leilões de operações compromissadas de um dia útil de prazo, seguirão sendo realizados sem alterações".
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