Ao investir em ações de grandes empresas energéticas, é possível expor a carteira a um dos setores mais importantes para a economia de um país - o setor elétrico, que é responsável por gerar e distribuir energia elétrica para pessoas e estabelecimentos de forma contínua, possibilitando o fluxo das atividades econômicas de maneira geral.
No Brasil, temos gigantes atuando no setor há anos (e várias listadas na bolsa de valores), inclusive estatais, que costumam registrar resultados sólidos e boas remunerações aos acionistas.
Se você está em busca de boas ações do setor elétrico, o Poupar Dinheiro traz abaixo uma lista com 5 boas empresas de energia bem avaliadas no mercado.
Boas ações do setor elétrico
1. Taesa (TAEE11)
Começamos a lista com a Taesa, considerada um dos maiores grupos privados de transmissão de energia elétrica do Brasil em termos de Receita Anual Permitida (RAP), batendo R$ 2,7 bilhões em 2021.
A Taesa é velha conhecida dos investidores mais experientes, pois a empresa vem criando um histórico excelente de remuneração aos acionistas, ostentando um Payout (percentual do lucro líquido distribuído na forma de proventos) de 90%.
E o otimismo com a empresa continua em 2021, estando ela frequentemente no radar do mercado. Os analistas do BTG Pactual, por exemplo, acreditam que a Taesa seguirá em 2021 com bons resultados operacionais e, consequentemente, com fortes remunerações aos acionistas, devendo chegar a um Dividend Yield (DY) de 13,5% no final do ano. A ação custa R$ 36 e teve valorização de 61% nos últimos 12 meses.
2.ISA CTEEP (TRPL4)
Outra gigante do setor de energia elétrica é a ISA CTEEP, considerada a maior transmissora privada de energia elétrica do país, sendo responsável por aproximadamente um terço da energia gerada no Brasil.
A ISA CTEEP tem payout mínimo de 75%, entretanto, a empresa distribuiu entre seus acionistas uma quantia de R$ 1,7 bilhão em 2020, gerando um payout de 83% do lucro líquido com com DY de 9% (patamar este bem próximo da expectativa de 9,8% para 2021 do BTG Pactual). Com preço na casa dos R$ 25, a TRPL4 apresentou valorização de 30% desde início de 2020 e desvalorização de 10% em 2021.
3. Engie Brasil (EGIE3)
Enquanto as duas empresas acima são fortes atuantes na atividade de transmissão, a Engie Brasil reina no setor elétrico como a maior geradora privada de energia elétrica do país. A gigante opera com 72 usinas, o que representa 6% da capacidade nacional.
Outro ponto forte da Engie é que aproximadamente 90% de sua capacidade instalada no país vem de fontes renováveis e com baixas emissões de gases de efeito estufa (GEE), como usinas hidrelétricas, eólicas, solares e usinas de biomassa, o que destaca a empresa no âmbito da sustentabilidade.
Com retorno mínimo de 55% do lucro líquido ajustado aos acionistas, a Engie é uma das empresas que mais pagam dividendos do país, tendo uma periodicidade de dois proventos por ano. O BTG Pactual possui uma previsão de Dividend-Yield (DY) de 8,3% para 2021. O preço atual dela é de R$ 41,55, valorização de 12% nos últimos 12 meses.
4. EDP Energia (ENBR3)
A EDP Energia é outra gigante da bolsa de valores que representa o setor. Sendo controlada por uma das principais operadoras europeias no setor energético (Energias de Portugal - EDP), a companhia atua no Brasil como uma holding de geração, distribuição, venda, transmissão e outros serviços de energia elétrica.
Com um DY de 5,3% em 2020, a empresa anunciou no fim do ano passado que deve pagar aos acionistas dividendos na casa de R$ 1 por ação, no mínimo. Seu preço está na casa dos R$ 19, o que daria mais de 5% de Yield.
5.Neoenergia (NEOE3)
A Neoenergia estreou na bolsa de valores brasileira em 2019 e tem recebido olhares do mercado desde então, ao mostrar forte potencial de crescimento. A companhia, que leva energia para 37 milhões de pessoas, atua em 18 estados brasileiros nos segmentos de distribuição, transmissão e comercialização de energia, incluindo renováveis (eólica, hidrelétrica e solar).
No entanto, seus papeis desvalorizaram bastante após a compra da CEB (Companhia Energética de Brasília), por um valor na casa de R$ 2,5 bilhões, bem acima do que o mercado previa. Essa compra com ágio fez o mercado precificar ela na casa de R$ 16, o que pode ser uma boa oportunidade de compra para ganho no médio prazo. Os papeis apresentam uma desvalorização de 20% desde julho do ano passado.
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