Se você se tornou investidor há algum tempo ou mesmo se estiver chegando no mundo dos investimentos agora, já deve ter se deparado com a sigla ETF. Esse é um dos tipos possíveis de investimentos. Muito comum no exterior, aqui no Brasil só mais recentemente ele começou a ganhar destaque. Mas afinal, o que é um ETF? O que significa essa sigla?
ETF vem do inglês Exchange Traded Funds. Numa tradução literal significa "Fundos negociados em bolsa", porém, é mais comum eles serem chamados de Fundos de Índices pelos especialistas. O que isso quer dizer?
Um ETF tem muitas semelhanças com um fundo de investimentos tradicional, ou seja, uma aplicação que reúne recursos de vários investidores para aplicar no mercado financeiro e de capital e cujos ganhos são divididos entre aqueles que participaram, na proporção dos valores oferecidos por cada um.
Um diferença, porém, é que um ETF tem suas cotas negociadas diretamente em bolsas de valores, assim como as ações de uma empresa. Ou seja, se você quer comprar ou vender é só ir no home broker da sua corretora e efetuar a movimentação.
Além disso, fundos de Investimentos têm gestores que administram os investimentos para você e têm um período mínimo para resgate do valor investido. Com o ETF não tem esse período mínimo.
Outra diferença é que, ainda que tenha também um gestor, o ETF normalmente está ligado a um índice e, nesse caso, o papel do gestor é usar os recursos dos investidores nas ações incluídas no índice, na mesma proporção.
Pra ficar ainda mais claro, imagine uma cesta cheia de diferentes frutas. Cada uma dessas frutas é uma ação (por exemplo) e você pode investir em cada uma delas separadamente, porém, você também pode escolher investir na cesta inteira, essa cesta é o ETF. Num fundo tradicional, um gestor vai escolher as frutas que ele acha mais adequadas para fazer a aplicação. No ETF, há um índice que escolhe algumas das frutas disponíveis para serem colocadas na cesta.
No exterior os ETFs são mais conhecidos do que no Brasil, mas por aqui eles também estão começando a ganhar destaque. O primeiro que surgiu foi o PIBB (Papéis de Índice Brasil Bovespa) em 2004, dois anos após a regulamentação desse tipo de investimento no Brasil.
O PIBB está ligado ao índice IBrX-50 que é formado pelas 50 ações mais negociadas e representativas da bolsa brasileira. Ele foi criado com o objetivo de estimular o acesso dos pequenos investidores ao mercado de ações. Hoje, é administrado pelo Itaú.
Tipos de ETFs
São muitos os tipos de ETFs disponíveis no mercado. Os índices de ações são alguns dos mais conhecidos e dentro desse grupo há os ETFs de índices amplos, segmentados, setoriais, nacionais ou ainda internacionais.
Há também outros tipos, como por exemplo os de moedas - recentemente foi divulgada a criação de cinco ETFs de criptomoedas no mercado brasileiro - de commodities (como Petróleo), de papéis de renda fixa, etc.
No Brasil atualmente são mais de 60 ETFs listados (confira a lista mais abaixo) e a maior parte deles são ETFs de renda variável.
Desvantagens
Você fica ligado ao índice, ou seja, o seu dinheiro estará ligado às ações desse índice e sua variação costuma ser semelhante à desse indicador. Mas isso não é necessariamente uma desvantagem porque na verdade depende do ponto de vista.
Investidores mais experientes podem preferir investir diretamente em cada uma das ações e ter um controle maior de compra e venda de cada uma delas, podendo gerar mais ou menos lucro. Mas investidores menos experientes podem se beneficiar muito dessa ligação com o índice.
Porém esse tipo de investimento tem uma outra questão que pode ser vista como desvantagem: o pagamento de taxa de corretagem mais o pagamento de taxa de administração, ou seja, dependendo da corretora que você utiliza, você paga uma taxa para que ela intermedie a operação de investimento e você também precisará pagar uma taxa que remunere o trabalho do gestor do fundo de índice.
Também é importante lembrar que os ETFs estão sujeitos à incidência de Imposto de Renda. A alíquota é de 15% sobre os ganhos, ou seja, a mesma aplicada sobre o mercado de ações em geral.
Para os produtos de renda variável o recolhimento do Imposto de Renda é responsabilidade do investidor, ou seja, ele deve calcular o valor do tributo devido em caso de ganhos no momento da venda das cotas e realizar o pagamento por meio de um Documento de Arrecadação da Receita Federal (DARF) até o último dia útil do mês seguinte à operação.
Já nos ETFs de renda fixa, o imposto de 15% é retido na fonte. O recolhimento é feito pela corretora intermediadora.
Vantagens
Uma das vantagens é que as taxas de administração dos ETFs costumam ser mais baixas que as taxas dos fundos tradicionais, porque a gestão dele também costuma ser mais simples, uma vez que ela seguirá, basicamente, o índice.
O investimento em um único ETF também já permite uma diversificação da carteira porque a maior parte dos fundos costuma investir em diferentes segmentos - em geral os índices são formados pelos melhores do mercado. E o melhor: de uma forma fácil.
É bom para quem está começando e não sabe exatamente no que investir para diversificar a carteira, mas tem receio de um fundo de investimentos tradicional que depende de um gestor e de como esse gestor pensa os investimentos.
Além disso, como já dito mais acima, os ETFs não exigem um tempo mínimo de resgate do valor investido, ou seja, você pode comprar e vender o ETF na hora que você quiser.
Como investir em ETFs
Para investir em um ETF é preciso ter conta em uma corretora. O Brasil conta com dezenas de opções e cada uma delas tem características próprias - então, se você ainda não tem uma conta em corretora, o primeiro passo será estudar sobre elas e ver qual é a mais adequada para você.
Entre os principais itens a serem avaliados devem estar os custos de corretagem, as opções de investimento disponíveis, a disponibilização de relatórios, suporte para solução de problemas ou tirar dúvidas, etc.
Feito isso, você terá que avaliar as opções de ETFs disponíveis no mercado e seus índices. É preciso saber qual é seu perfil de investidor, se de mais ou menos risco e com base nisso, escolher o ETF mais adequado, tendo consciência de que um fundo de rensa variável terá oscilações que um fundo de renda fixa não terá, por exemplo.
ETFs listados na B3
Ao total são 73 ETFs listados atualmente na B3, 7 ETFs de Renda Fixa e 66 ETFs de Renda Variável. Conheça-os:
Renda fixa:
Razão Social | Fundo | Código |
---|---|---|
ETF BRADESCO IMA-B FUNDO DE ÍNDICE | BRAD IMA-B | IMBB11 |
ETF BRADESCO IMA-B5+ FUNDO DE ÍNDICE | BRAD IMA-B5M | B5MB11 |
IT NOW ID ETF IMA-B | IT NOW IMA-B | IMAB11 |
IT NOW IMA-B5 P2 FUNDO DE ÍNDICE | IT NOW B5P2 | B5P211 |
IT NOW IMA-B5+ FUNDO DE ÍNDICE | IT NOW IB5M | IB5M11 |
IT NOW IRF-M P2 FUNDO DE ÍNDICE | IT NOW IRF-M | IRFM11 |
MIRAE ASSET RENDA FIXA PRE FUNDO DE INDICE | MIRAE FIXA | FIXA11 |
Fonte: B3
Renda variável:
Fonte: B3
O que é um ETF?
ETF vem do inglês Exchange Traded Funds. Numa tradução literal significa “Fundos negociados em bolsa”. Um ETF tem muitas semelhanças com um fundo de investimentos tradicional, ou seja, uma aplicação que reúne recursos de vários investidores para aplicar no mercado financeiro e de capital e cujos ganhos são divididos entre aqueles que participaram,
Quantos ETF estão listados na B3 hoje?
Em maio de 2022 são 73 ETFs listados. Desses 7 são ETFs de Renda Fixa e 66 são ETFs de Renda Variável.
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