O bitcoin é, de longe, a criptomoeda mais conhecida em todo o mundo. No entanto, você sabia que existem outras milhares de moedas virtuais? Aliás, algumas delas podem ser interessantes opções de investimento, caso você tenha interesse em adquirir esse tipo de ativo.
Por qual motivo? Porque muitas delas têm grande potencial de crescimento e seus valores são bem mais baixos do que o do bitcoin (por enquanto). Além disso, o bitcoin meio que "puxou a frente" nesse mercado e muitas delas podem (e devem) se beneficiar também dessa valorização geral das criptomoedas.
Por isso, resolvemos trazer aqui uma pequena lista com outras criptomoedas, além do bitcoin, que apareceram com força nos últimos anos e que podem continuar aparecendo. Vamos lá?
Principais criptomoedas de 2021
É difícil prever exatamente quais das criptomoedas vão subir mais ao longo dos próximos meses, mas a tendência é de que os investidores confiem mais naquelas que já são consideradas como as principais em valor de mercado, aquelas que já tiveram algum tipo de valorização, aquelas que vêm sendo mais reconhecidas e divulgadas nos mercados globais.
E em 2021, as principais delas foram:
- Ethereum
- Binance Coin
- XRP
- Tether
- Cardano
- Uniswap
- Polkadot
- Litecoin
- Chainlink
- Stellar
- Dogecoin
- Filecoin
Principais criptomoedas de 2022
Já em 2022, as principais delas foram:
- Ethereum (ETH)
- Solana (SOL)
- Avalanche (AVAX)
- Polkadot (DOT)
- Axie Infiniti (AXS)
- Polygon (MATIC)
- Chainlink (LINK)
- Uniswap (UNI)
- Sushi (SUSHI)
- Tether (USDT)
- Binance Chain (BNB)
- XRP (XRP)
- Terra (LUNA)
- Cardano (ADA)
Essas criptos, tanto as de 2021 quanto as de 2022 - quem em vários casos se repetem, constam como algumas das maiores em valor de mercado depois do bitcoin. Abaixo, saiba um pouco mais sobre cada uma delas.
Ethereum (ETH):
Conhecida como a "prata digital" (o bitcoin é o "ouro"), o valor dessa criptomoeda está, atualmente, na casa do R$ 6,4 mil. Em 2021 ela teve uma valorização de mais de 300% de forma que no início desse ano ela chegava a valer mais de R$ 20 mil. Mas as quedas registradas em todas as criptos ao longo de 2022 também a afetaram. Recentemente ela passou por uma grande mudança em seu sistema que foi chamada de "The Merge". Um bom número de especialistas que acredita que, em breve, a ethereum vai voltar a subir e um dia até superar o bitcoin.
Binance Coin (BNB):
Custando cerca de R$ 1,3 mil, a Binance é outra criptomoeda que já teve uma alta extraordinária de 1.430% em 2021. Entre todas as criptos, essa foi uma das menos afetadas pelas quedas ao longo de 2022. Assim como a ethereum, a binance funciona com o sistema de finanças descentralizadas, ou seja, que não precisam de um intermediador (uma corretora, por exemplo). Ao invés disso, ela utiliza contratos inteligentes em blockchains.
Ripple (XRP):
Criado em 2011, o ripple é um protocolo de pagamento distribuído, que também tem uma moeda nativa de seu sistema, a XRP. Diferente de outras criptos, ela suporta em sua rede outros tokens que podem representar moedas tradicionais ou outros bens. Dessa forma, o sistema permite pagamentos seguros e instantâneos de um jeito bastante fácil e se aproxima de outros bancos, se afastando do padrão de outras moedas digitais que buscam acabar com a necessidade deles. Ele também não passa por um processo de mineração. Já foram criados 100 bilhões de XRP, sendo que boa parte está em tesouraria com a própria Ripple. Atualmente são pouco mais de 43 bilhões de XRP em circulação, e eles custam em torno de R$ 1,94 hoje.
Tether (USDT):
O tether é um ativo completamente diferente das criptomoedas tradicionais. Isso porque ele é uma stablecoin (criptomoeda com lastro em uma moeda física). Ele foi lançado em 2014 com uma proposta de paridade com o dólar dos Estados Unidos, ou seja, para cada tether emitido, haverá um dólar equivalente em caixa. Atualmente existem mais de 4 bilhões de tether em circulação e ele custa na faixa dos R$ 5,31. Ao longo de 2022, apesar de também ter sofrido quedas, a tether voltou a se recuperar e seu preço até vem subindo novamente.
Cardano (ADA):
O valor dessa criptomoeda também está na faixa dos R$ 1,52. Ela foi criada em 2015 por Charles Hoskinson, co-fundador da Ethereum, com um projeto bastante audacioso: unir o melhor de todas as mais de 2 mil criptomoedas existentes no mundo, resolvendo problemas encontrados nelas e oferecendo soluções para moedas digitais. Em 2021 ela chegou a ter um aumento de cerca de 700%, mas em 2022 foi uma das que mais caiu em seu preço.
Uniswap (UNI):
No fim de 2021 ela custava cerca de R$ 188,00 após um alta de 444%, mas hoje está em R$ 29,64. A uniswap é um protocolo financeiro descentralizado (DEX, em inglês), ou seja, facilita transações automatizadas entre tokens de criptomoeda no blockchain ethereum por meio do uso de contratos inteligentes. Ainda assim ela é tida como a 17ª maior cripto hoje.
Polkadot (DOT):
Criada por outro dos co-fundadores da ethereum - Gavin Wood - a Polkadot é definida como uma arquitetura heterogênea de intercâmbio e tradução de várias cadeias que permite que cadeias laterais personalizadas se conectem com blockchains públicos. Atualmente ela está custando R$ 27,01, depois de ter chegado a mais de R$ 200. Sofreu bastante em 2022.
Litecoin (LTC):
Foi criado em 2011, pelo ex-funcionário do Google, Charlie Lee e e é bastante parecido com o bitcoin, porém com um tempo reduzido nas transações e um processo de mineração ajustado. Alguns analistas já defenderam o litecoin como uma alternativa melhor ao bitcoin, porém, o próprio Lee diz que o bitcoin funciona bem como uma reserva de valor, enquanto o litecoin é melhor para transações diárias. Ele custa, hoje, cerca de R$ 366,00.
Chainlink (LINK):
É uma plataforma de blockchain que busca facilitar o uso dos contratos inteligentes entre diferentes plataformas. Existe desde 2017 e vem trabalhando para facilitar o melhor destes contratos para aplicativos do mundo real. Sua arquitetura conta com uma infraestrutura on-chain, ou seja, dentro do blockchain e uma infraestrutura de dados do mundo real que são usados com os contratos inteligentes. Hoje, ela está trabalhando com várias empresas grandes, incluindo o Google e a Web3 Foundation e custa ao em torno dos R$ 33,00.
Stellar (XLM):
Foi criada em 2014 por Jed McCaleb, co-criador da Ripple. Ela se propõe a ser uma plataforma multi-transacional de moedas tradicionais permitindo que pessoas enviem e recebam moedas rapidamente, com taxas baixas e dentro de uma exchange descentralizada. Seu sistema é baseado em código aberto, assim como ocorre com o bitcoin e ela opera em seu próprio protocolo de consenso, contando com uma rede de especialistas internos com atuações independentes, o que torna o processo menos descentralizado e mais eficiente. Uma curiosidade é que 95% da moeda digital foi dada de graça em seu início. Hoje ela custa cerca de R$ 0,42.
Dogecoin (DOGE):
É uma criptomoeda peer-to-peer de código aberto criada inicialmente como uma "moeda piada" em dezembro de 2013 por Billy Markus de Portland, Oregon e Jackson Palmer de Sydney, Austrália, sendo um fork do Litecoin. Os criadores do dogecoin o imaginaram como algo divertido, uma criptomoeda descontraída que teria maior apelo, indo além do público alvo do Bitcoin, já que foi baseada em meme de cachorro. De fato, a cripto vem desenvolvendo rapidamente sua própria comunidade online e conquistando fãs ilustres, como o CEO da Tesla Elon Musk, apelidado de "Dogefather". Ela custa hoje cerca de R$ 0,44, mas seu preço já chegou a mais de R$ 2.
Filecoin (FIL):
Desenvolvido pela Protocol Labs, o Filecoin foi criado em 2014 e é uma rede blockchain de armazenamento descentralizada com foco no usuário que busca alugar espaço para armazenamento. O projeto arrecadou U$ 205 milhões em uma oferta inicial de moedas (ICO) em 2017. Atualmente a criptomoeda está valendo cerca de R$ 20,62.
Solana (SOL)
Hoje a 15ª maior cripto do mercado, a solana é um projeto de código aberto altamente funcional que se baseia na natureza da tecnologia sem permissão do blockchain para oferecer soluções de finanças descentralizadas (DeFi). Ela foi oficialmente lançada em 2020 pela Solana Foundation com sede em Genebra, Suíça. Anatoly Yakovenko é a pessoa mais importante por trás da Solana. Seu preço hoje é de R$ 71,39 com um volume de negociação em 24 horas de R$ 1.328.019.341.
Avalanche (AVAX)
Avalanche é um blockchain de camada 1 que funciona como uma plataforma para aplicativos descentralizados e redes de blockchain personalizáveis. Ela é uma das rivais do ethereum, com o objetivo de derrubar a fama do ethereum de blockchain mais popular para contratos inteligentes. Ela visa fazer isso oferecendo uma taxa de transações mais alta, de até 6.500 transações por segundo, sem comprometer a escalabilidade. Sua rede principal foi lançada em 2020. Seu preço hoje é de R$ 67,54.
Axie Infiniti (AXS)
A AXS é a criptomoeda do jogo de batalha Axie Infiniti, baseado em blockchain, no qual seus jogadores possuem, parcialmente a propriedade e controle da operação. Ou seja, inspirado em jogos populares como Pokémon e Tamagotchi, o Axie Infinity permite que os jogadores coletem, criem, reproduzam, batalhem e negociem criaturas baseadas em tokens conhecidas como Axies. Cada Axie é um token não fungível (NFT) com diferentes atributos e pontos fortes. O jogo e a cripto foram criados em 2018 e hoje custam R$ 38,41. Esse foi um dos primeiros games desse universo e ele abriu caminho para várias outras criptos/jogos semelhantes que vêm se popularizando.
Polygon (MATIC)
Polygon é uma plataforma blockchain indiana que permite que as redes blockchain se conectem e dimensionem. O objetivo é criar um ecossistema blockchain multi-chain compatível com Ethereum, para escaloná-lo. Seu componente principal é o Polygon SDK, uma estrutura modular e flexível que suporta a construção de vários tipos de aplicativos.
Sushi (SUSHI)
SushiSwap (SUSHI) custa hoje cerca de R$ 5,75 e é um exemplo de formador de mercado automatizado (AMM). Uma ferramenta cada vez mais popular entre os usuários de criptomoedas, os AMMs são corretoras descentralizadas que usam smart contracts para criar mercados para qualquer par de tokens. A SushiSwap foi lançada em setembro de 2020 como um fork da Uniswap e se tornou sinônimo do movimento das finanças descentralizadas (DeFi) e associado à explosão das negociações de tokens DeFi.
Terra (LUNA)
Terra (LUNA) é um protocolo de blockchain público que surgiu da Terra Classic. Terra Classic é o lar da stablecoin algorítmica TerraClassicUSD (UST). Ele agora foi renomeada para token LUNC, mas era garantido em UST e sofreu um colapso em maio de 2022. Isso desvalorizou a LUNA, levando seu preço a praticamente zero e resultando no lançamento de uma nova cadeia - a Terra Classic e Terra.
O Terra Classic foi lançado em janeiro de 2018, sendo o blockchain lançado em abril de 2019. Sua visão era combinar a estabilidade do preço e a ampla adoção das moedas fiat, com a resistência à censura do Bitcoin (BTC), oferecendo liquidações rápidas e acessíveis através de sua stablecoin USDT. O Terra Classic oferecia stablecoins atreladas ao dólar americano, ao won sul-coreano, ao tugrik mongol e à cesta de moedas do International Monetary Fund‘s Special Drawing Rights
O novo blockchain do Terra continua o legado do Terra Classic sem a stablecoin UST. Ele continuará construindo com a ajuda da comunidade LUNA, chamada de "LUNAtics", e desenvolvendo a experiência e interface do usuário em nível mundial. Cabe destacar que isso foi um dos motivos que levou a Terra Classic ao segundo lugar em valor total bloqueado (TVL) na sua máxima. Muitos DApps concordaram em migrar para o Terra para continuar sua funcionalidade.
E aí, você vai investir em alguma delas?
Siga o Poupar Dinheiro no G o o g l e News e receba alertas e as principais notícias sobre finanças, investimentos, mercado, ações e economia.
😕 Poxa, o que podemos melhorar?
😃 Boa, seu feedback foi enviado!
✋ Você já nos enviou um feedback para este texto.