A incorporadora de galpões logístico-industriais Fulwood faz parte da lista de empresas que desejam entrar para a bolsa de valores brasileira, a B3, em 2021. Acontece que já há uns dias, em 31 de agosto, a Fulwood S.A. fez à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) um pedido de registro de oferta pública inicial (IPO na sigla em inglês), que é a operação necessária para o feito.
A CVM é responsável, dentre outras atribuições, por deliberar e aprovar a realização de IPO no Brasil, e assim dá às empresas - ou não - o cartão verde para a entrada na Bolsa de Valores.
Fulwood anuncia IPO com ofertas primária e secundária
A Fulwood protocolou junto à CVM uma minuta do prospecto preliminar em 31 de agosto. E, segundo o documento, a empresa está preparando um IPO com distribuições primária e secundária de ações, do tipo ordinária (ON).
Em regra, a venda primária de ações num IPO destina aos cofres da empresa os recursos levantados, enquanto a distribuição secundária consiste em venda de ações sob titularidade de acionistas, que passam a ter direito sobre o dinheiro captado.
Ainda não foram divulgadas informações mais precisas em vias formais quanto ao potencial financeiro e a quantidade de ações que serão negociadas no IPO, por exemplo. Tais dados serão anuciados no prospecto que depende da tramitação na CVM e das condições do mercado.
Segundo o documento já divulgado, foram contratados para a coordenação do IPO da Fullwod o banco de investimentos BTG Pactual que é o coordenador-líder, o Bradesco BBI como agente estabilizador e o Itaú BBA.
Fulwood após IPO
Mesmo sem projeções financeiras, a Fulwood disse que pretende usar metade dos recursos levantados na oferta primária do IPO para construir e desenvolver um pipeline de projetos.
Tal pipeline é composto por nove novos projetos a serem instalados de forma estratégica entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Minas Gerais. A expectativa é de que haja um aumento de 797,9 mil metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL). Veja abaixo quais são os nove ativos:
"O foco dos condomínios logísticos em pipeline da Companhia é o modelo de Big Boxes, que tem um custo de construção, em média, de R$1.600,00/m2 . Também, buscamos expandir nossos ativos para demais regiões do Brasil, além de São Paulo e Minas Gerais, como Santa Catarina e Rio de Janeiro", disse a Fulwood.
Veja abaixo o que a empresa planeja fazer após o IPO:
- Construção e desenvolvimento do pipeline de projetos da Companhia (com 50% dos recursos levantados no IPO);
- Aquisição de terrenos (30%);
- Aquisição de participação societária de outros sócios/acionistas em projetos do portfólio da companhia (15%);
- Capital de giro para fortalecimento da estrutura de capital (5%).
Um pouco sobre a Fulwood
A Fulwood é uma empresa de incorporação de galpões e condomínios logístico-industriais para empresas. Fundada em 1995, a Fulwood já desenvolveu mais de 1 milhão de metros quadrados no Brasil.
"Atuamos em todas as etapas da operação de galpões e condomínios logísticos, incluindo a prospecção de terrenos, diligência legal e técnica, licenciamento e autorizações, construção, além da própria gestão e manutenção dos ativos e futuro desinvestimento do imóvel", detalha a empresa no documento do IPO.
Além de acompanhar e auxiliar os clientes com vistorias técnicas do imóvel, preparo para negociação e outras medidas administrativas, como pagamento de impostos, a Fulwood também presta consultoria ao Fundo VFDL.
Ao todo, a Fulwood já possui sete condomínios de galpões logístico-industriais espalhados entre os estados de São Paulo e Minas Gerais, atendendo a clientes de diversos setores da economia. Além disso, a empresa ainda está construindo mais cinco empreendimentos.
Além de ter seus próprios condomínios de galpões, a Fulwood também opera como administradora de uma base de 14 ativos. Dentre deles, está o Extrema Business Park - Bloco II, do Mercado Livre.
Últimos resultados
Até junho de 2021, a Fulwood fez uma gestão de 90 contratos de locação de condomínios logísticos e registrou uma receita operacional líquida de R$ 69,2 milhões com lucro líquido de R$ 25,5 milhões.
Segundo o documento enviado à CVM, a receita da Fulwood saltou de R$ 40 mi em 2019 para R$ 72,3 milhões em 2020. No mesmo intervalo, o lucro líquido da empresa cresceu de R$ 34,8 para R$ 97,1 milhões. Veja abaixo os últimos resultados:
Vale citar que, antes da Fulwood, uma outra empresa de galpões logísticos registrou um pedido de IPO junto à CVM, mas acabou interrompendo a operação. Trata-se da Tópico que confecciona, aluga e comercializa galpões para armazenamentos cujo registro de oferta deve ficar parado até 11 de novembro deste ano.
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