A Marfrig (MRFG3) teve um lucro líquido de R$ 109 milhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), sendo uma queda de 61,1% em relação ao mesmo período de 2021, assim como mostra o relatório de resultados divulgado pela companhia na noite de terça-feira, 3 de maio.
Apesar de resultados operacionais positivos - veja abaixo -, a Marfrig explica que o lucro do 1T22 foi principalmente impactado por efeito negativo de R$ 795 milhões da marcação a mercado do investimento em ações da BRF ante a um resultado negativo de R$ 1,176 bilhão no 4T21, bem como por maiores compensações e provisões para impostos.
Segundo o relatório, o volume total de vendas no 1T22 da operação da América do Norte foi de 523 mil toneladas, sendo uma alta de 2,9% na comparação anual, gerando receita líquida de R$ 15,8 bilhões. Do total, 88% ou 459 mil toneladas foram destinados ao mercado interno.
Já as operações da Marfrig na América do Sul geraram uma receita líquida de R$ 6,5 bilhões no 1T22, com crescimento de 41,2% em relação ao primeiro trimestre de 2021. Nesse mesmo intervalo, o volume de vendas cresceu 11% para 345 mil toneladas.
A Marfrig é considerada líder global na produção de hambúrgueres e uma das maiores empresas de proteína bovina do mundo, em capacidade. A empresa está listada na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) desde 2007. Confira abaixo os destaques dos resultados da multinacional no 1T22.
Outros destaques da Marfrig no 1T22
O relatório mostra que a Marfrig teve um volume de 868 mil toneladas no 1º trimestre de 2022 (1T22), sendo um crescimento de 6% frente ao mesmo período de 2021. Os mercados interno e externo saltaram 7,6% e 1,1%, respectivamente.
No 1T22, a receita líquida consolidada da Marfrig foi de R$ 22,341 bilhões, em aumento de 29,6% em relação ao primeiro trimestre de 2021. Segundo o balanço, o desempenho é explicado pelo maior volume de venda totais, pela forte performance da Operação América do Norte e pela melhora na Operação América do Sul.
Por sua vez, o Ebitda Ajustado foi de R$ 2,749 bilhões no 1T22, mostrando alta de 60,9% em relação ao 1º trimestre de 2021, como reflexo dos resultados positivos nas Américas do Norte e Sul.
De outro lado, o Custos dos Produtos Vendidos (CPV) totalizou R$ 18,859 bilhões no 1T22, 25,8% superior ao mesmo período do ano anterior, explicado pelo maior volume de vendas e aumento no custo da matéria prima em todas as regiões de atuação, segundo a Marfrig. As despesas com vendas, gerais & administrativas (DVGA) totalizaram R$ 1,132 bilhão, representando 5,07% da receita líquida.
A Marfrig fechou o 1T22 com uma dívida líquida de R$ 21,168 bilhões, representando uma alta de 19,3% na comparação anual. A alavancagem financeira, dada pela relação dívida líquida/ebitda, caiu 0,4x para 1,36 vez - como pode ser visto na tabela abaixo.
Em dólares, a dívida líquida é de US$ 4.468 bilhões, um aumento de 13,7% em relação à dívida do 4T21. Segundo o relatório, esse crescimento é explicado principalmente pela aquisição de R$ 1.807 bilhão em ações da BRF (BRFS3 ) adquiridas no follow-on promovido pela Marfrig em janeiro de 2022.
A Marfrig teve um lucro líquido de R$ 4,342 bilhões em 2021, sendo um aumento de 31,5% quando comparado com 2020 e um recorde para a companhia. Nesse ano, foram pagos mais de R$ 383 milhões em dividendos aos acionistas, cerca de R$ 0,58 por ação.
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