A B3, operadora da Bolsa de Valores do Brasil, foi invadida na tarde dessa quinta-feira, 23 de setembro, por intergrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). O grupo realiza no local uma manifestação que tem como pauta a fome, o desemprego, desigualdades econômicas e sociais do pais, entre outros temas.
"Ocupamos a bolsa de valores de São Paulo, maior símbolo da especulação e da desigualdade social. Enquanto as empresas lucram, o povo passa fome e o trabalho é cada vez mais precário. Quem segura o Bolsonaro lá são os donos do mercado!", escreveu o MTST em sua página no Twitter.
Ocupamos a bolsa de valores de São Paulo, maior símbolo da especulação e da desigualdade social. Enquanto as empresas lucram, o povo passa fome e o trabalho é cada vez mais precário. Quem segura o Bolsonaro lá são os donos do Mercado! #TáTudoCaro #ACulpaÉdoBolsonaro pic.twitter.com/eteezux8vb
— MTST (@mtst) September 23, 2021
A manifestação iniciou com uma caminhada pelo centro de São Paulo. Nesse primeiro ato e também dentro da B3 os integrantes seguravam réplicas de ossos de animais e cartazes em tom de protesto, como os dizeres "Sua ação financia nossa miséria" e "Brasil tem 42 mil novos bilionários enquanto 19 milhões passam fome".
Em nota do movimento, a líder do MTST Debora Pereira disse também que "é inadmissível que quase 100 milhões de brasileiros estejam em situação de fome e insegurança alimentar enquanto os bilionários movimentam 35 bilhões de reais por dia só aqui na bolsa".
Contra as políticas do governo Jair Bolsonaro
Segundo os manifestantes o grande culpado pela situação de desigualdade e de dificuldade que o Brasil enfrenta é o governo Jair Bolsonaro, que desde o início do mandato estaria privilegiando a classe mais rica em detrimento da mais pobre, um cenário que só piorou com a pandemia da covid-19.
O ato destaca também que apesar de o Produto Interno Bruto (PIB) do país ter registrado uma elevação, essa melhora não atinge as classes mais baixas que seguem sendo muito impactadas pela inflação, pelo aumento da taxa de juros e sobretudo pelo desemprego.
Grupo pode acampar na Bolsa
Segundo informações divulgadas por portais como o G1, muitos manifestantes também levaram barracas com o objetivo de acampar na Bolsa de Valores, mantendo a ocupação por tempo ainda indefinido.
Porém, a B3 informou que o protesto está ocorrendo de forma pacífica e que, pelo menos até agora, as operações do mercado não foram afetadas. O índice Ibovespa não foi afetado pela invasão e operava em alta de 1,3% por volta das 15h50.
Comentários nas redes sociais
Como não poderia deixar de ser, o ato está entre os principais assuntos nas redes sociais e vários foram os perfis de destaque que comentaram sobre a manifestação. Um exemplo foi o ex-candidato à presidência do país e coordenador do MTST, Guilherme Boulas (PSOL-SP). Veja o post feito por ele no Twitter:
URGENTE! Movimentos sociais ocuparam agora a Bolsa de Valores de São Paulo num protesto contra a fome e o desemprego. É o Brasil real na Bovespa!
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) September 23, 2021
A deputada federal pelo PSOL-SP, Sâmia Bomfim também publicou em seu Twitter:
Bonito de ver a militância do @mtst ocupando a Bolsa de Valores de São Paulo para denunciar os ganhos exorbitantes do rentismo enquanto o povo morre de fome. Enfrentar o cinismo de Paulo Guedes e de seus comparsas é fundamental. Todas e todos às ruas no dia 2 pelo #ForaBolsonaro! pic.twitter.com/HDNTJXwPUB
— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) September 23, 2021
Por outro lado, também houve postagens criticando o ato. Alguns posts destacaram a aglomeração de pessoas apesar da pandemia de covid-19.
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