Segundo os renomados especialistas de investimentos Marcelo Telles, Otavio Tanganelli e Alonso Garcia do Credit Suisse, os bancos brasileiros estão mal precificados na bolsa que bateu 100 mil pontos na semana passada. Os resultados foram compilados em relatório e este foi publicado no site do Credit Suisse em 12 de julho, domingo.
Os bancos que estão animando o mercado financeiro são o Santander (SANB11), Itaú Unibanco (ITUB), Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3). Os analistas do Credit concluíram que as companhias tiveram seus papéis desvalorizados em 31% frente ao recuo de 13% do Ibovespa; isso no acumulado do ano. Esse fato faz com que o setor bancário brasileiro fique atraente para investimento mesmo se visto por um olhar conservador; recomendado aos investidores darem atenção aos bancos.
"Com potencial de crescimento médio de nossos novos (e reduzidos) preços-alvo de 22%, acreditamos que os bancos são atraentes, apesar de considerar ROEs (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) sustentáveis bem abaixo de 2019 e níveis históricos: 18,8% para o Itaú Unibanco (ITUB4), 16,9% para o Bradesco (BBDC4), 16% para o Santander Brasil (SANB11) e 13% para o Banco do Brasil (BBAS3)", explicam os analistas do Credit Suisse.
Veja as projeções dos bancos, incluindo o preço-alvo estipulado:
Banco | Ticker na bolsa | Último preço (R$) | Preço-alvo (R$) | Potencial de ganho (%) |
Banco do Brasil | BBAS3 | 34,1 | 41 | 20 |
Bradesco | BBDC4 | 22,5 | 28 | 25 |
Itaú | ITUB4 | 26,9 | 33 | 22 |
Santander Brasil | SANB11 | 29,5 | 36 | 22 |
Bancos brasileiros estão baratos
Vale mencionar que especialistas do mercado têm visto as ações do Banco do do Brasil como atraentes já há algum tempo. Em 30 de junho, o Analista Marcel Campos da XP Investimentos publicou um artigo sobre o desempenho do banco. Após comparar o BB com outras subsidiárias, Campos concluiu que "o mercado estaria implicando que o próprio banco vale metade do seu valor contábil, abaixo de seu valor patrimonial".
O banco suiço UBS por sua vez, atualizou suas recomendações de investimentos em junho, quando previa queda nas ações dos bancos brasileiros de 34% em 2020 e alta de 40% no ano que vem. O UBS passou a recomendar as ações do Itaú e subiu o preço-alvo acionário de R$ 27 para R$ 38. No entanto, os analistas suiços tinham como predileto o Bradesco, cujo potencial de valorização previsto era ainda maior, de 44%.
A compra de ações do Bradesco também estava sugerida pelo UBS, este que subiu o preço-alvo acionário de R$ 27 para R$ 28. Sobre o Santander Brasil, os suiços estavam neutros, mas mesmo assim elevaram o preço-alvo das ações de R$ 30 para R$ 32.
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