A empresa que comercializa vinhos, Wine, vai concluir sua Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) agora em novembro. A estimativa é de que o preço das ações fique entre R$ 8,50 e R$ 10,50, que é a faixa indicativa estabelecida.
Conforme os documentos publicados pela Wine, o IPO poderá movimentar R$ 700 milhões, considerando a média da faixa indicativa (R$ 9,50) sobre as distribuições primária (57.700.00) e secundária (16.000.000) de ações ordinárias.
Caso haja demanda, poderão também ser negociados um pacote suplementar de até 11.055.000 de ações e um lote adicional de até 14.740.000 de ações, o que pode movimentar R$ 945 milhões com base na faixa de R$ 9,50.
Pelo prospecto, a empresa disse que irá usar os recursos resultantes da distribuição primária para aquisições de outras empresas e para investir em estratégias de marketing, logística, de expansão do negócio e em tecnologia.
Coordenado pelas instituições Itaú BBA, Bank of America, BTG Pactual, XP Investimentos e ABC Brasil, o pedido de IPO foi enviado à Comissão de Valores Imobiliários em 3 de setembro.
A fixação do preço por ação, vale dizer, está prevista para o dia 4 de novembro. Dois dias depois, a partir do dia 6 de novembro, a Wine vai entrar para a bolsa de valores brasileira (B3) com o código WNBR3 no segmento Novo Mercado.
Período de reserva da Wine segue até novembro
Para os investidores não institucionais, o período de reserva das ações da Wine começou em 16 de outubro e segue até o dia 3 de novembro, próxima terça-feira.
Ao investidor de varejo, são exigidos os valores de investimentos mínimo e máximo de R$ 3 mil e R$ 1 milhão, respectivamente.
- Veja os documentos do IPO da Wine na íntegra
Sobre a Wine
Com valor de mercado de R$ 105,2 milhões, a Wine é uma loja virtual de vinhos que tem como modelo de negócio um clube de assinatura, cuja estratégia consiste em enviar mensalmente vinhos escolhidos por especialistas aos clientes.
"Somos um clube de assinatura de vinhos e e-commerce de vinhos, que opera através de um modelo direto ao consumidor e uma plataforma omnicanal abrangente, incluindo assinatura, e-commerce (via Wine e Vinho Fácil), B2B (tanto no mercado on-trade, que contempla bares, restaurantes e hotéis, quanto no mercado off-trade, representado por supermercados, quiosques e lojas de varejo), lojas físicas e eventos", explica a Wine pelo prospecto do IPO.
A empresa mostra bons resultados este ano frente a 2019, mesmo em meio à pandemia da covid-19. Devido a uma expansão da base de sócios do clube de assinatura, a receita líquida fechou o primeiro semestre de 2020 em R$ 146,3 milhões ante R$ 115,7 milhões captados nesse período do ano passado, alta de 26,4%.
O Ebtida ajustado passou de saldo negativo de R$ 5,2 milhões para um resultado de R$ 12,4 milhões no fim do primeiro semestre de 2020.
Ainda de acordo com o prospecto do IPO, a dívida líquida da empresa teve redução de R$ 14,9 milhões para R$ 9,7 milhões na mesma comparação anual.
E-commerce de vinhos em alta
Além de beneficiar o mercado digital, a empresa disse que "a pandemia também acelerou o crescimento da indústria de vinhos online".
Dados do Ideal Consulting, mostram que o volume de vinho importado por empresas que atuam via loja online de forma prioritária, que vem aumentando desde antes da pandemia da covid-19, teve um salto de 47% no primeiro semestre de 2020 em relação a esse período do ano passado.
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