Como funciona a inflação e a deflação

Uma das coisas mais importante para compreendermos a economia em si ao nosso redor, é saber diferenciar inflação de deflação, além do significado de outros termos econômicos, e também como as questões econômicas influenciam nosso modo de viver.

Grande parte das pessoas conhecem a palavra "inflação" e até sabem seu significado. Nos momentos de crise na economia, o termo é sempre falado. Mas, você sabe o que é deflação?

Como funciona a inflação e a deflação na economia

O que é inflação?

Bem conhecida entre os brasileiros, a inflação já está na boca do povo quando se fala em crise. Muitas pessoas que viveram os anos 80 e começo dos 90, sabem o quanto foi difícil, onde os valores dos produtos sofreram reajustes da noite para o dia. Os preços mudavam todos os dias, e as vezes, mais de uma vez por dia.

Naquela época, as pessoas iriam até os supermercados sem saber o que iriam encontrar, de quanto iria gastar, e os empregadores qual o salário deveriam pagar aos seus funcionários. Mesmo depois de tantos anos, alguns resquícios ainda permanecem.

A inflação é uma subida generalizada e persistente dos preços de produtos e serviços. Mas não podemos confundir isso com apenas uma oscilação de preço, o que é comum e está apenas refletindo os movimentos do mercado.

Quando a taxa de inflação sobe, o mesmo produto que as pessoas estão acostumadas a comprar antes, elas terão um gasto maior. Pode-se dizer que a inflação altera seu poder de compra. Esse fenômeno também faz seu dinheiro ser cada vez mais desvalorizado.

Como ocorre a inflação?

Por ser um fenômeno complexo, a inflação pode acontecer por diversos fatores. Um exemplo mais comum a ser citado são os gastos públicos realizados de forma equivocada.

Quando o governo gasta mais do que arrecada, a inflação surge por medidas aplicadas para tentar conter a dívida, como por exemplo, aumentar a arrecadação de impostos. Tendo essa atitude, é gerado uma alta nos preços dos produtos e serviços.

Outro fator que ajuda a ocorrer a inflação, é o aumento no custo da produção de bens. Aumentando o custo, o preço final do produto fica mais caro e é passado para o consumidor.

Há um outro fator que pode causar inflação é a baixa produção, onde causa um desequilíbrio entre oferta e demanda. Quando falta um produto que as pessoas compram muito, quase sempre o preço sobe.

O que é deflação?

Se a inflação é ruim, a deflação então é boa? Na verdade, não! É ruim também, porém de forma completamente diferente. A deflação acontece quando existe uma queda nos preços das mercadorias por falta de consumidores.

O que significa que quando as empresas não conseguem vender seus produtos como anteriormente, mesmo a preços reduzidos, elas se obrigam a diminuir o ritmo de sua produção e acabam demitindo funcionários, pois seus faturamentos e lucros diminuem igualmente.

Tudo isso acaba levando a uma alta taxa de desemprego e uma diminuição no consumo, aumentando a oferta de produtos e serviços, mas não há demanda. Acaba acontecendo um desequilíbrio no eixo oferta x demanda por questão do resultado que muitos bens e serviços são disponibilizados a preços muito menores do que em momentos anteriores.

Como ocorre a deflação?

Pode acontecer pela baixa oferta da moeda, havendo uma diminuição da circulação da moeda, podendo ser por juros altos ou falta de investimentos.

Sem dinheiro em circulação, a economia não se movimenta, as empresas não lucram e os investimentos não ficam atraentes, afetando todos os setores da economia, desde o micro agricultor até as grandes fabricantes de produtos. Uma deflação que fique muito tempo, pode indicar que o país está passando por uma recessão, sendo uma fase que há contração do ciclo econômico.

Na recessão, existe queda do nível de produção, aumento de desemprego, a renda familiar diminui, reduz o lucro, aumenta o número de falências, tem queda nos investimentos, dentre outras consequências. Na recessão, ocorre uma diminuição geral da atividade econômica.

Inflação ou deflação: o que é pior?

Mesmo sendo os dois ruins, a inflação e deflação são vistos como opostos por alguns especialistas. Porém, a maioria dos economistas acreditam que é mais fácil enfrentar um cenário de hiperinflação do que um de deflação, mesmo que as consequências macroeconômicas, nos dois casos, sejam parecidas.

Isso acontece porque, há mecanismos que funcionam melhor em momentos de inflação, por exemplo, o caso de políticas de correção monetária. Isso inclusive aconteceu no Brasil antes do plano real em 1994.