A venda dos Correios, que segue quente na pauta do governo, pode ser fechada em R$ 15 bilhões, conforme foi dito pelo ministro das comunicações, Fabio Faria, em entrevista. Junto a essa possibilidade está uma esperada disputa de mais de dez empresas privadas pela empresa pública de entregas brasileira.
Conforme adiantou o ministro dias atrás, entre as interessadas na estatal estão gigantes como Magalu, Amazon, DHL e FedEx. Além disso, estima-se que o comércio eletrônico Mercado Livre também tenha interesse na estatal, visto que mais da metade de suas encomendas são entregues pelos Correios. "Ninguém falou comigo, mas acho que vão pensar nisso", espera o ministro.
Segundo Faria, o projeto que viabiliza a privatização dos Correios está caminhando e deve ser entregue pelo poder executivo ao Congresso Nacional até o final deste ano para que os deputados e senadores possam discutir sobre o assunto.
O governo defende a privatização de algumas estatais, mas a venda dos Correios é a prioridade para o momento, assim como confirmou o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord de Faria, ao jornal Valor Econômico.
A vencedora da operação será dona de uma empresa com grande responsabilidade, isso porque os Correios entregam encomendas em quase todo o país. "O fundamental é que o serviço seja universal. Os Correios chegam a 95% das localidades e isso tem que ser mantido, mesmo que o comprador terceirize o serviço em algumas regiões", disse o ministro Fabio Faria.
Fim da greve dos Correios
No dia 17 de agosto, cerca de 70% dos funcionários dos Correios entraram em greve pelo país, em meio à pandemia, fatos que causaram alguns atrasos em encomendas. De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores da estatal, os funcionários protestaram contra a privatização da empresa pública e a retirada de direitos dos funcionários, além de solicitarem também melhores condições de trabalho durante a pandemia da covid-19.
Já em 21 de setembro, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou a volta dos funcionários ao trabalho, a partir do dia 22, com um reajuste salarial de 2,6% contra os 5% desejados pelos trabalhadores. Caso descumpram a decisão do TST, haverá multa de 100 mil por dia.
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