A gestora de ativos BlackRock alienou ações ordinárias da IRB Brasil (IRBR3), de forma a reduzir sua participação para quase 2,84% na resseguradora, o que representa 36.111.639 de papéis ordinários com base na posição de 30 de novembro deste ano.
Fundada em 1988, a BlackRock é uma empresa estadunidense que gerencia dinheiro e investimentos de clientes espalhados em mais de 100 países. No Brasil, a gestora atua desde 2008.
"A BlackRock declarou, ainda, que o objetivo da referida posição acionária é estritamente de investimento, não objetivando alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa do IRB Brasil RE, e que não firmou qualquer acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão desta Companhia", explica a resseguradora por comunicado divulgado em 3 de dezembro.
Atualmente, 99% das ações da IRB Brasil estão sendo negociadas livremente no mercado, excluindo-se 1% de ações em tesouraria, assim como é dito na central de relações com investidores da resseguradora. Entre os acionistas, há dois com participação relevante na empresa, o Bradesco Seguros (15,8%) e o Itaú Seguros (11,5%).
Papéis saltam 9%
Após divulgar a alienação de ações pela gestora BlackRock, os papéis ordinários da IRB Brasil (IRBR3) chegaram a subir 12% no pregão de segunda-feira, 7 de dezembro, mas fecharam com ganhos de 6,9%.
Os papeis que valiam R$ 6,89 na abertura do pregão de segunda-feira (7), fecharam o dia 08 a R$ 7,53. No acumulado da semana, a alta é de 9%.
Já no acumulado de 2020, a IRB vê suas ações em forte queda de 79% após a empresa estar envolvida em fraude financeira e notícias falsas, como o possível ingresso de investimento da Berkshire Hathaway, empresa do grande investidor Warren Buffett.
Terceiro trimestre da IRB Brasil
A resseguradora obteve um prejuízo líquido de R$ 229,8 milhões no terceiro trimestre de 2020 (3T20) ante o resultado negativo de R$ 685,1 milhões registrados no segundo trimestre deste ano, o que mostra certa melhoria após as polêmicas que derrubaram as ações da empresa.
Segundo a IRB, o êxito reflete "a retomada do mercado segurador mesmo que a pandemia da Covid-19 não esteja superada".
De outro lado, há ainda um prejuízo líquido de R$ 901,1 milhões considerando os nove primeiros meses de 2020, o que reverte o lucro líquido de R$ 555,7 milhões registrados no mesmo período de 2019. Pelo documento dos resultados, a IRB Brasil explica que isso aconteceu por influência da "aceleração nos avisos de sinistros internacionais, explicados pelo momento de incertezas na economia e na Companhia".
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