A segunda-feira de 4 de janeiro de 2021 foi marcada pela fusão dos grupos Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e Peugeot (PSA) para a criação de uma holding, nomeada Stellantis. Passando por aprovação dos acionistas das partes, a operação vai trazer ao mercado a quarta maior montadora de veículos do planeta, avaliada em US$ 50 bilhões (cerca de R$ 260 bilhões).
A player automotiva ficará atrás apenas da Volkswagen, da parceria Renault-Nissan-Mitsubishi e da japonesa Toyota.
Com a fusão, será responsabilidade da nova empresa a administração de 15 grandes marcas de automóveis, dentre elas Jeep, Citroën, Dodge, Peugeot, Fiat e Maserati.
Uma das principais vantagens da criação da holding Stellantis seria o aumento da eficiência nas operações dos automóveis. A expectativa é de que a economia bata 5 bilhões de euros por ano.
Em 2019, Fiat e Peugeot faturaram juntas 180 bilhões de euros. Atualmente, as gigantes automotivas possuem 400 mil funcionários pelo mundo. Com o fim dos trâmites, o atual presidente da Fiat, John Elkann, ficará com a presidência do novo grupo.
Operação aprovada
Antes do aval dos acionistas dos dois grupos, os órgãos reguladores da União Europeia aprovaram em 21 de dezembro do ano passado a fusão entre Fiat e Peugeot, o que facilitou as negociações.
Aqui no Brasil, a Stellantis não viu barreiras e já conta com a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (o Cade) também desde 2020.
"A fusão entre as empresas dará origem ao grupo automobilístico Stellantis. Ao longo da análise do caso, a SG/Cade [Superintendência-Geral do Cade] concluiu que a operação implica em algumas sobreposições horizontais e integrações verticais que não ensejam preocupações concorrenciais. Por isso, em novembro, aprovou o ato de concentração sem restrições", disse o órgão regulador brasileiro em nota.
Ao analisar uma possível concentração das atividades no país com a atuação da Stellantis, o Cade acredita que "embora a operação trate de marcas muito conhecidas, o panorama geral no Brasil decorrente dessa operação internacional não é preocupante, tendo em vista o porte das empresas do Grupo PSA (Peugeot) no Brasil". O Tribunal também deliberou que, "diferentemente do passado, quando havia basicamente quatro montadoras no país, hoje há diversas empresas em atuação, com elevado grau de rivalidade".
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