A Neoenergia (NEOE3) divulgou na sexta-feira de fevereiro, 5, a prévia operacional do quarto trimestre de 2020 (4T20). Segundo o documento, a quantidade de energia injetada nas redes de distribuição foi de 18.006 GWh (gigawatt-hora), sendo uma alta de 1,29% em relação a esse período de 2019.
De outro lado, a energia total injetada no acumulado de 2020 apresentou uma leve baixa de 1,5% em comparação com 2019.
O destaque positivo do trimestre foi da empresa de energia Elektro, controlada pela Neoenergia em 99,6%, que injetou a quantia total de 5.193 GWh no 4T20, desempenho 4,76% maior do que aquele registrado no quarto trimestre de 2019. O bom resultado foi influenciado por altas nas distribuições de energia para residências (+10,8%), indústrias (+6,4%) e para o setor rural que cresceu 7,1% por causa de maior irrigação no período.
Na contramão positiva, a Coelba, outra controlada pela Neoenergia, contou com uma injeção de energia de 6.424 GWh no fim do quarto trimestre de 2020, sendo uma baixa de 2,27% frente a esse período do ano anterior. Dentre os segmentos que menos usaram energia está o comércio, que registrou retração de 24,4% no fim do quarto trimestre, em dezembro do ano passado.
- Veja na tabela abaixo os resultados operacionais de quatro controladas pela Neoenergia, sendo a Elektro, Coelba, Celpe e Cosern:
A Neoenergia vai divulgar o balanço completo, que inclui mais dados sobre o 4T20 e o resultado acumulado no ano, em 9 de fevereiro, próxima terca-feira, após o fechamento do mercado, conforme o calendário de eventos corporativos da empresa.
Clima agride energia renovável no 4T20
Segundo a prévia operacional enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a produção de energia renovável (eólica e hídrica) da Neoenergia durante o quarto trimestre de 2020 foi menor em comparação com os resultados de 2019, por causa do clima. Por sua vez, a Neoenergia assegura que a disponibilidade desses tipos de energia seguiu como o programado.
A energia gerada pelas vias eólica e hidráulica totalizou 1.691 GWh no 4T20, o que é uma redução de 17,07% quando comparado com esse período de 2019. O destaque foi da geração hidráulica, que sofreu retração anual de 22,67% até o fim de dezembro de 2020, impactada pela baixa afluência em relação ao ano anterior.
No âmbito da energia eólica, onde a queda anual na geração de energia foi de -2,83% no 4T20, a causa do desempenho foi a menor presença de ventos frente ao ano de 2019.
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