A NeoEnergia (NEOE3) registrou um lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 1,281 bilhão no balanço do 3º trimestre de 2021. O resultado é 57% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2020. Já o lucro consolidado somou R$ 1,321 bilhão, o que representa um aumento de 56,7%.
Diante disso, o desempenho da NeoEnergia ficou acima do esperado pela Refinitiv, que era de um lucro líquido de R$ 801,77 milhões, assim como em termos reportado, de R$ 838 milhões. Já no acumulado do ano, a empresa apresentou R$ 3,290 bilhões de lucro líquido atribuído aos controladores, enquanto nos primeiros 9 meses de 2020, somou R$ 1,876 bilhão (+81%).
NeoEnergia (NEOE3) tem lucro consolidado de R$ 1,321 bilhão
Além do lucro, a NeoEnergia também apresentou o Editda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), o qual ficou em R$ 2,861 bilhões no período. E isso, representa um aumento de 62%.
Nesta linha, o resultado também ficou acima do projetado pela Refinitiv, que era de R$ 2,002 bilhões. De acordo com a empresa, o resultado Editda é "fruto da retomada do mercado, manutenção da eficiência e disciplina de custos, os bons patamares de arrecadação, bem como o avanço na construção dos projetos de transmissão".
No que diz respeito a receita operacional líquida, a mesma ficou em R$ 11,620 bilhões. Dessa forma, teve uma alta de 49%. Em 9 meses, a receita somou R$ 29,732 bilhões, uma alta de 41%. A companhia destacou que a energia injetada foi de 18,893 GWh no 3º trimestre. Ou seja, uma alta de 3,6% na comparação anual.
Ao desconsiderar a NeoEnergia Brasília em 2020, o crescimento foi de 15,8% no trimestre, e de 14,8% no acumulado dos 9 meses, "confirmando a recuperação do mercado nas áreas de concessão da Neoenergia." Os investimentos (Capex) foram R$ 6,4 bilhões de janeiro a setembro, expansão de 51%, puxados pelo avanço dos projeots de Transmissão e Eólicas.
Análise do Credit Suisse
Em suma, o Credit Suisse disse que a NeoEnergia reportou os resultados mais fortes que o esperado no 3º trimestre de 2021, por conta da recuperação econômica que suportou os volumes robustos e o índice de inadimplência normalizado. Ademais, houve também, o impulso dos ajustes tarifários positivos.
De acordo com o banco, os números de geração vieram melhores do que o esperado. Isso se deve, por conta dos melhores resultados eólicos e despacho térmico total. Tudo isso, mesmo com o pior desempenho das unidades hidrelétricas.
Com relação aos lucros, o Credit Suisse disse que o mesmo foi afetado de forma negativa, por resultados financeiros piores do que o esperado, parcialmente compensados por melhores resultados de equivalência patrimonial, ajudados pelos acordos GSF. Por fim, o Credit Suisse manteve a sua avaliação outperform para ações da Neoenergia, e o preço-alvo de R$ 24,10.
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