A bolsa de valores do Brasil, a B3, está encerrando o mês de janeiro com algumas novidades interessantes para os investidores. Nessa segunda-feira, dia 31, passaram a ser permitidas as negociações de nada mais nada menos do que oito novos tipos de ativos. Entre eles estão os ETFs de Moedas, para citar um exemplo. Saiba mais abaixo.
Mais diversificação
De acordo com a B3, os novos tipos de ativos foram liberados para negociações com o objetivo de possibilitar mais diversificação aos investidores brasileiros, seja no mercado local ou internacional.
Por isso, a lista é bem variada. Veja quais são os novos ativos liberados:
- ETFs de Moedas;
- BDRs de ETFs de Renda Fixa;
- Fundos de Investimento Multimercado de Renda Variável (FIM RV);
- BDR de ETF de Moedas;
- ETF de Renda Fixa Internacional;
- Fundo de Investimento Renda Fixa (FI RF);
- Fundo de Investimento Multimercado Renda Fixa (FIM RF); e
- Fundo de Investimento Multimercado de Infraestrutura (FIM INFRA).
Mercado de ETFs em plena expansão
A novidade foi vista como positiva. No caso dos ETFs (Exchange Traded Funds, ou Fundos de Índice), ao longo de 2021 já houve uma expansão. Os ETFs de criptomoeda, por exemplo, movimentaram bastante a bolsa na medida em que foram sendo lançados e depois também. Mas além desses, vários outros ETFs surgiram.
"O mercado de ETFs apresentou um crescimento exponencial ao longo de 2021, chegando ao final do ano com 66 tickers distribuídos entre Renda Variável, Renda Fixa, Criptomoedas e Commodities", explica Luís Kondic, diretor executivo de Produtos Listados e Dados da B3.
A partir de agora, o mercado contará também com os ETFs de Moedas, fundos que buscam refletir a rentabilidade de índices de moedas cujas carteiras teóricas são compostas majoritariamente por ativos ou derivativos de câmbio; e ETFs de Renda Fixa Internacionais, fundos que acompanham índices de Renda Fixa no mercado internacional.
Vale lembrar, pra quem não conhece os ETFs, que eles são como fundos de investimentos, porém, ligados sempre a um índice. E esses fundos tentam replicar esse índice, por isso são considerados mais seguros, já que os índices costumam contem as principais ações, as mais rentáveis, as maiores. Outra diferença é que os ETFs são negociados diretamente na bolsa.
BDRs com portfólio mais rico
Além disso, os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) de cotas de ETF também terão o seu portfólio ampliado. O produto, que já contava com a categoria de Renda Variável, agora terá as novas classes de Moedas e Renda Fixa.
Essa inclusão, segundo a B3, garante ao investidor local acesso fácil aos ETFs internacionais com exposição a índices de Moedas e de Renda Fixa, diversificando ainda mais as possibilidades de investimento e estratégias.
Os BDRs, apenas para explicar rapidamente também, são certificados lastreados em ações internacionais. Eles são negociados diretamente na bolsa de valores também e seus tickers costumam conter quatro letras seguidas pelos números 33 ou 34 (exemplo: XXXX33).
4 novas classes de Fundos de Investimentos
E no portfólio de Fundos de Investimento Listados, a B3 passa a permitir lançamentos de quatro novas classes: Renda Fixa, Multimercado de Renda Fixa, Multimercado de Renda Variável e Multimercado de Infraestrutura.
Estes fundos, que contam com uma gestão ativa de gestores qualificados para gerar a melhor relação de risco-retorno, agora poderão ser compostos por ativos de renda fixa ou por uma carteira diversificada na classe dos fundos multimercado, sem investimento mínimo em um único fator de risco.
"Com isso, abre-se a oportunidade de expansão do mercado de fundos no Brasil. Essas novas opções podem ampliar de forma expressiva o leque de produtos disponível para o investidor, possibilitando um maior número de estratégias dentro do portfólio de cada cliente", afirma Kondic.
Com informações B3.
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