O Nubank entrou de vez para a Bolsa e se consagrou como a instituição financeira mais valiosa na América Latina. Em suma, a fintech alcançou o valor de US$ 9 por papel em sua oferta inicial de ações (IPO).
Inclusive, a fintech, que estreou na Bolsa de Nova York (Nyse) e na B3 com valor de mercado de US$ 41,7 bilhões na partida, ou de R$ 233 bilhões. A partir dessa avaliação, o Nubank ultrapassou o valor de mercado do Itaú Unibanco, de R$ 213 bilhões na B3 - instituição essa, que até então ocupava a 1ª posição no ranking.
Ainda no mercado local, o Bradesco tem um valor de mercado de R$ 188 bilhões. Em seguida, vem o Santander (R$ 125 bilhões) e o Banco do Brasil (R$ 93 bilhões).
Oferta pública Nubank
Na oferta precificada, a fintech do cartão roxo levantou US$ 2,6 bilhões, considerando o lote principal de ações. O dinheiro será usado para gastos com capital de giro, e despesas operacionais.
Ademais, os recursos levantados poderão ser usados em investimentos e aquisições. Enquanto isso, no Brasil, o papel será negociado em BDR, que é um certificado de uma ação listada fora do país.
Fundadores do Nubank emitem cartas aos seus clientes
Após o lançamento do Nubank na B3 e na Nyse, os fundadores do Nubank, David Vélez, Cristina Junqueira e Edward Wible, divulgaram uma carta aos seus clientes. Na carta, David conta que em 2012 entrou, pela primeira vez, em uma grande agência bancária do Brasil, para abrir uma conta corrente.
Já de cara, David relata que a porta giratória foi a primeira, de muitas barreiras que ele encontrou no banco tradicional brasileiro:
"Durante os quatro meses seguintes, perdi muitas horas parado em filas, ligando para call centers e voltando à agência com cada vez mais documentos em mãos. Quando finalmente minha conta foi aberta, descobri que teria de pagar centenas de reais por ano em tarifas".
A experiência dele foi frustrante, e de repente ele se deu conta de que todos os brasileiros enfrentavam essas mesmas dificuldades. E foi alí, que ele viu uma grande oportunidade de empreender no ramo. E por meio do Nubank, Vélez "busca reinventar toda a indústria de serviços financeiros na América Latina".
De acordo com a carta aberta dos fundadores do Nubank, a meta da fintech é combater a complexidade para poder empoderar as pessoas:
"A América Latina tem mais de 650 milhões de habitantes e tem o potencial para ser um dos grandes polos econômicos do mundo. Infelizmente, também é uma região onde algumas das maiores indústrias são oligopólios, com limitada inovação e competição".
E foi assim que os três fundadores se conheceram: ambos queriam dedicas as suas vidas de forma a gerar impacto positivo aos consumidores. "A gente acreditava, de verdade, que era possível usar tecnologia e serviços de ponta para eliminar as complexidades bancárias na América Latina".
Alcance do Nubank
De acordo com a carta, o Nubank tem hoje, mais de 48 milhões de clientes no Brasil, no Méximo e na Colômbia. E juntos, eles economizaram mais de 113 milhões de horas de espera em agências bancárias e mais de US$ 4,8 bilhões em tarifas.
Até o mês de junho de 2021, mais de 5,1 milhões de pessoas usaram o Nu para abrir a sua primeira conta ou ter o seu primeiro cartão de crédito. Quase 1,1 milhão de pessoas e microempreendedores optaram por usar os produtos Nu para iniciar e administrar os seus negócios.
"Queremos ser parte de uma sociedade que oferece mais oportunidades para todos. Inovação no sistema financeiro é muito mais do que criar serviços digitais. Um setor mais eficiente e competitivo traz tarifas menores, produtos mais acessíveis e, consequentemente, mais dinheiro no bolso das pessoas para coisas como saúde e educação.
Quebrar barreiras e oferecer serviços mais justos tem o poder real de melhorar a qualidade de vida da população e até mesmo impactar indicadores econômicos, como o PIB, em diferentes comunidades e países".
Ademais, os fundadores são guiados por 5 valores e desejos:
- Que seus clientes amem o Nubank como fãs;
- O Nubank está sempre insatisfeito, e desafia sempre o status quo;
- A fintech constrói equipes fortes e diversas;
- O Nubank pensa e age como donos, não inquilinos;
- Por fim, a fintech busca eficiência inteligente.
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