A Oi (OIBR3) anunciou que em abril foram concluídas todas as condições precendentes para a venda de sua Unidade Produtiva Isolada (UPI) de ativos móveis para o consórcio formado entre a dona da Vivo Telefônica Brasil, Tim e Claro, em um total reajustado de R$ 15,922 bilhões.
No dia 20 de abril de 2022, houve finalmente o fechamento da alienação da UPI Ativos Móveis às Compradoras (Tim, Claro e Vivo) que já eram, antes da operação, as maiores empresas de telecomunicações do país. O trio venceu um procedimento competitivo realizado em 14 de dezembro de 2020, em meio ao Plano de Recuperação Judicial da Oi.
"A conclusão da Operação, nesta data, representa a implementação de uma das etapas mais críticas do Plano de Recuperação Judicial e do Plano Estratégico de Transformação da Oi, visando assegurar à Companhia maior flexibilidade e eficiência financeiras e sustentabilidade de longo prazo, com o seu reposicionamento no mercado e sua conversão na maior provedora de infraestrutura de telecomunicações do país, a partir da massificação da fibra ótica e internet de alta velocidade, do provimento de soluções para empresas e da preparação para a evolução para o 5G, voltada para negócios de maior valor agregado e com tendência de crescimento e visão de futuro", explica a Oi.
Com o fechamento da operação, a Claro - que é a única empresa do trio não listada na Bolsa de Valores - passou a ser dona da empresa Jonava, enquanto Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3) tornaram-se titulares das empresas Cozani e Garliava, respectivamente.
Devido aos trâmites finais, a Oi realizou também uma oferta pública para aquisição em dinheiro de todas as Notes com Garantia Sênior com vencimento em 2026, operação necessária para a venda da Oi Móvel, conforme o acordo feito entre as companhias.
Tim, Vivo e Claro já pagaram R$ 14,4 bi pela Oi Móvel; Oi (OIBR3) quita dívida no BNDES
Para comprar os ativos móveis da Oi, que inclui a base de clientes da empresa, o consórcio entre Tim, Vivo e Claro já realizou, no fechamento da operação em 20 de abril, um pagamento em dinheiro superior a R$ 14,474 bilhões.
Segundo o documento divulgado, a Oi poderá receber um valor contingente adicional de até R$ 294,607 milhões, a ser recebido em caso de atingimento de determinadas metas de migração de bases de clientes e frequências, dos quais R$ 49,607 milhões já foram quitados.
Em abril, as Compradoras da Oi Móvel também pagaram um preço de R$ 586 milhões, referente aos serviços de transição a serem prestados pela Oi, o qual já reflete o acordo entre a Oi e as Compradoras para a retirada de determinados custos relacionados aos serviços de transição do escopo dos contratos.
A Oi anunciou também que, com a conclusão da venda da UPI de ativos móveis, ocorreu a quitação integral do crédito com garantia real de titularidade do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) junto à companhia, no valor de R$ 4,640 bilhões.
Segundo o documento divulgado, o pagamento dessa dívida da Oi foi feito pelo consórcio entre Tim, Claro e Vivo ao BNDES, fazendo parte da negociação da UPI Ativos Móveis, bem como do Plano de Recuperação Judicial da companhia.
Oi (OIBR3) realiza Oferta Pública de Notes
A Oi iniciou em abril de 2022 uma oferta pública para aquisição em dinheiro de todas as Notes Com Garantia Sênior com vencimento em 2026 no âmbito da venda da Oi Móvel. Segundo o documento divulgado, os recursos serão utilizados para recomprar as Notes e consumar a oferta posteriormente.
Pelo cronograma inicial, a Oferta Pública para Aquisição de Notes foi encerrada às 17h00, no horário de Nova Iorque, em 20 de abril de 2022.
Na operação, US$ 868,6 milhões em valor agregado das Notes, representando aproximadamente 98,71% do total agregado de principal em aberto das Notes foram validamente ofertadas (e cujas ofertas não foram validamente retiradas) no âmbito da Oferta Pública de Aquisição.
Os titulares das Notes que foram validamente ofertadas (e cujas ofertas não foram validamente retiradas) anteriormente receberão US$ 1.029,17 para cada US$ 1.000 de valor de principal das Notes validamente ofertadas
Segundo o documento divulgado em julho de 2021, os recursos líquidos obtidos com essa operação seriam utilizados para o pagamento das debêntures da 1ª emissão da Oi Móvel, com vencimento em janeiro de 2022 e valor principal de R$ 2,5 bilhões (incluindo juros e encargos) e o restante para fins corporativos gerais, seguindo o Plano de Recuperação Judicial da companhia.
- Veja na íntegra o documento sobre a oferta de Notes da Oi.
Oi (OIBR3) divulga resultados em 27 de abril
A Oi (OIBR3) adiou a divulgação dos resultados do 4º trimestre de 2021 (4T21), da temporada passada, de 29 de março para 27 de abril de 2022, devido a trabalhos complexos realizados e que comprometeram o andamento do lançamento do relatório.
Nos últimos meses o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovaram a venda da UPI de ativos móveis da Oi para o consórcio formado entre Tim, Vivo e Claro. Além disso, o Cade ainda aprovou o Acordo de Investimento relativo à alienação do controle da UPI InfraCo, unidade de fibra óptica da Oi.
O que aconteceu com a Oi (OIBR3)?
Endividada, a Oi (OIBR3/OIBR4) passou a vender parte de suas operações, como a unidade de ativos móveis e de fibra óptica.
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