A Petrobras (PETR3/PETR4) anunciou na terça-feira, 5 de julho, um aumento de 3,9% na querosene de aviação (QAV) no mês. A QAV é utilizada por aviões de maior porte e impacta no preço final das passagens aéreas ao consumidor.
Segundo a Petrobras, o Querosene de Aviação (QAV ou QAV-1) é o combustível utilizado em aviões e helicópteros dotados de motores à turbina, como jato-puro, turboélices ou turbo-fans.
"Conforme prática que remonta os últimos 20 anos, os ajustes de preços de QAV são mensais e definidos por meio de fórmula contratual negociada com as distribuidoras.
Os preços de venda do QAV da Petrobras para as companhias distribuidoras buscam equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor do produto e da taxa de câmbio, para cima e para baixo. Conforme resultado da aplicação da fórmula contratual, em primeiro de julho foi implementado reajuste médio de +3,9%", explicou a estatal petrlífera em nota, sobre a composição do preço do produto.
Como dito acima, os reajustes são mensais. Dessa maneira, o aumento de julho ocorre após a alta de 11,4% no QAV da Petrobras em junho - saiba mais abaixo.
Petrobras vende QAV para distribuidoras
A Petrobras comercializa o QAV produzido em suas refinarias ou importado apenas para as distribuidoras. Estas transportam e comercializam o produto para as companhias aéreas e outros consumidores finais nos aeroportos, ou para os revendedores. Distribuidoras e revendedores são os responsáveis pelas instalações nos aeroportos e pelos serviços de abastecimento.
Segundo a estatal, o mercado é aberto à livre concorrência e não existem restrições legais, regulatórias ou logísticas para que outras empresas atuem como produtores ou importadores de QAV.
Outras informações sobre os preços de venda da Petrobras para as distribuidoras podem ser acessadas na página da companhia na internet. Há inclusive históricos de preços de produtos como gasolina e gás, por estado.
Aumento de 11,4% em junho
O preço médio da querosene de aviação (QAV) foi elevado em 11,4% pela Petrobras em junho. O aumento foi anunciado em 2 de junho de 2022, mas passou a valer a partir do dia anterior. O combustível é utilizado por aviões de grande porte e sua elevação deverá impactar no valor final das passagens aéreas, que já vinham sendo vendidas em um patamar alto desde o início deste ano, principalmente depois do início da guerra da Rússia contra a Ucrânia.
Impacto para as companhias aéreas brasileiras
Além de deixar as passagens aéreas mais caras, o aumento da querosene de aviação (QAV) também impacta os resultados das companhias aéreas brasileiras. Isso porque o produto pesa no orçamento, assim como mostraram Azul e Gol no primeiro trimestre de 2022, apesar de ambas terem visto boas melhorias de tráfego em meio à pandemia. Dentre todos os gastos, o custo do combustível foi destaque.
A Azul (AZUL4) teve uma receita líquida recorde de R$ 3,193 bilhões no primeiro trimestre desse ano. Entretanto, o maior custo da companhia foi com combustível de aviação que totalizou R$ 1,189 bilhão no período, alta de 98,9% frente ao 1º trimestre de 2021 quando os gastos atingiram R$ 597,7 milhões, segundo o relatório de resultados.
Por sua vez, a Gol (GOLL4) apresentou receita líquida de R$ 3,220 bilhões no primeiro trimestre de 2022, aumento anual de 105,4%. Mas os custos com Combustível de Aviação cresceram 113% chegando a R$ 1.205,7 bilhão.
Com informações: Agência Brasil
Quem aumenta o preço de combustível?
A Petrobras é responsável por regular o preço dos combustível no Brasil, desde gasolina até querosene de aviação (QAV).
Qual o combustível de avião?
Querosene de Aviação (QAV ou QAV-1) é o combustível utilizado em aviões e helicópteros dotados de motores à turbina, como jato-puro, turboélices ou turbo-fans.
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