Novamente, a Petrobras não conseguirá atender a todos os pedidos de gasolina e diesel realizados pelas distribuidoras de combustíveis para o mês de dezembro. E assim, vai ser o segundo mês consecutivo que a estatal não consegue atender a demanda.
De acordo com duas fontes do setor, a elevação média nos pedidos das distribuidoras foi de 15% em relação ao mesmo período de 2020. Segundo a estatal, "assim como no mês de novembro, os pedidos de diesel encaminhados pelas distribuidoras para o mês de dezembro foram atípicos e superiores ao esperado para este período".
Enquanto isso, a Brasilcom, federação que reúne as distribuidoras, afirma que a Petrobras "realizou cortes tanto em diesel como em gasolina". Em suma, os contratos feitos pela Petrobras estimam o fornecimento às distribuidoras de um volume com base em uma média dos últimos 3 meses, com pequenas margens para cima ou baixo.
Petrobras não suprirá a demanda de combustíveis
De acordo com uma nota da Brasilcom, "Soubemos que diversas empresas tiveram cortes em seus pedidos, tanto de gasolina como de diesel, sendo alguns cortes bastante significativos, principalmente no diesel".
Em suma, a falta de atendimento da Petrobras acontece em um período de alta no consumo por conta da abertura da economia. No acumulado dos 10 primeiros meses de 2021, as vendas de gasolina e diesel aumentaram 20% em relação ao mesmo período de 2020.
Ademais, a Petrobras disse que, depois da avaliação de disponibilidade, considerando a sua capacidade de produção e oferta, o volume aceito foi inferior aos pedidos recebidos. A estatal voltou a afirmar que existem várias empresas cadastradas na Agência Nacional do Petróleo (ANP) que podem importar combustíveis.
Ao operar com 87% da sua capacidade de refino, a Petrobras está aumentando as importações de derivados. Nos 9 primeiros meses de 2021, o aumentou chegou a 86,3% comparado a 2020.
Em nota, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) afirma que "o acompanhamento junto aos agentes regulados, em especial às distribuidoras e aos postos revendedores, não indica falta de combustível, até o momento". Por fim, se o recebimento dos dados de comercialização indicar o aumento dos riscos, a ANP disse que "adotará as medidas cabíveis para minimizar os eventuais impactos no abastecimento".
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