Iniciar a vida profissional é um grande desafio, ainda mais com poucas oportunidades de trabalho para quem é jovem e sem experiência e ainda tendo que dividir seu tempo com aulas e estudos, não é mesmo?
Para quem é estudante, estagiar é o primeiro passo para começar sua vida financeira e ter seu próprio dinheiro. Muitas vezes ainda é possível até ajudar no orçamento familiar com a bolsa-auxílio. Mas como fazer tudo isso?
Planejamento financeiro para estagiários: veja como fazer
De acordo com uma pesquisa feita pela Companhia de Estágios, em média 33% dos universitários do Brasil buscam oportunidades de estágio, 45% ganham até um salário mínimo e 38,5% ganham até R$ 2.000 mensais.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse valor está próximo a renda média do brasileiro em 2021, que foi de R$ 2.449. Portanto, R$ 2.000 representam a renda da maioria da população brasileira.
Como se virar com esses valores sendo estagiário?
Como em muitos casos esses são os primeiros salários da vida do trabalhador, este é um momento propício para que ele comece a cuidar e organizar seu orçamento financeiro. É a melhor fase para fazer uma reserva de emergência, por exemplo.
Isso porque nessa fase, em muitos casos, o estagiário ainda mora com os pais e então tem menos gastos como aluguel, contas de casa, etc. Nesses casos fica mais fácil de juntar um dinheiro.
Mas é claro que essa não é a realidade de todos. Há também aqueles que ajudam a pagar as contas e mesmo aqueles que possuem responsabilidades mais sérias nesse sentido. Incluisive, a pesquisa da Companhia de Estágios diz que 40% dividem as despesas em casa; 12,47% são os principais responsáveis pelos gastos de suas casas e 8,11% ajudam com quase todo seu orçamento.
O que fazer quando o estagiário precisa ajudar em casa?
É necessário que haja organização orçamentária, dentro da realidade de cada pessoa. Sempre que possível, tente guardar uma parte do salário, mesmo que seja pequeno.
Caso o estudante não seja o principal responsável pelas contas da casa, é possível fazer algumas negociações com sua família. Peça a eles que você diminua os gastos, pagando alguma conta que seja menor, por exemplo. Se alguém que estava desempregado conseguiu se recolocar no mercado de trabalho, é hora de distribuir melhor os gastos.
Como se organizar?
Primeiro, é necessário saber quais são suas prioridades. Depois de realizado esse processo, separe seu orçamento em caixinhas, que vão auxiliar na divisão desses valores.
Vamos ver o exemplo:
Caixinha 1: faculdade
Caixinha 2: boletos de casa
Caixinha 3: variáveis (alimentação, transporte)
Caixinha 4: reserva de emergência
Caixinha 5: comprar livros
Caixinha 6: sair com os amigos
Caixinha 7: viagem (meta 1)
Caixinha 8: carro (meta 2)
Mas é possível realizar tudo isso com o salário? Se você achar que são muitas metas, diminua. Tente organizar para que tudo se encaixe em sua realidade.
Outra dica é estabelecer limites para seus gastos. Se pergunte se é preciso sair toda semana, se aquela compra é necessidade ou apenas luxo, se não seria melhor guardar aquele valor para necessidades posteriores.
Não precisa ajudar em casa? Veja o que fazer
Para quem não precisa ajudar em casa, o planejamento é o mesmo. O que muda é que o valor para as caixinhas pode ser maior, principalmente para a reserva. Mas o cuidado deve ser redobrado. Deve-se criar um comportamento mensal para não deixar cair em tentação com gastos desnecessários.
São 39,2% dos estagiários que não precisam ajudar com o orçamento familiar, de acordo com a Companhia de Estágios. Então, aproveite o momento e comece desde cedo a organizar e planejar suas finanças.
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