Mesmo em meio ao cenário de caos e de incertezas vivido em função da pandemia de Covid-19, a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - continua a subir. De acordo com o Boletim Focus divulgado nessa segunda-feira, 7 de junho, ele passou de 3,96% para 4,36%.

Essa é a sétima semana consecutiva em que a projeção de expansão da economia brasileira sobe. Esse dado é obtido pelo Banco Central por meio de consulta às instituções financeiras que vêm se mostrando otimistas em relação ao futuro do PIB.

E esse otimismo se estende também para 2022. Segundo o relatóirio, para o próximo ano, a estimativa de crescimento do PIB passou de 2,25% para 2,31%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,50%.

Inflação

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 5,31% para 5,44%, na nona alta consecutiva.

A estimativa para 2021 supera o limite da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. O centro da meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

Para 2022, a estimativa de inflação foi ajustada de 3,68% para 3,70%. Tanto para 2023 como para 2024 a previsão para o índice é de 3,25%.

O centro da meta de inflação para 2022 é 3,50% e para 2023, 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, fixada atualmente em 3,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic termine 2021 em 5,75% ao ano. Para o fim de 2022, 2023 e 2024, a estimativa é de que a taxa básica encerre estes períodos em 6,5% ao ano.

A última reunião do Copom - Comitê de Política Monetária, que define o valor da Selic - aconteceu no início de maio. Na ocasião foi decidido um aumento de 0,75% na taxa. Uma nova reunião está prevista para os dias 15 e 16 de junho e a expectativa é que novos ajustes sejam feitos.

Câmbio

A expectativa para a cotação do dólar permaneceu em R$ 5,30 para o final deste ano e de 2022.

Com informações Agência Brasil.