A situação econômica no Brasil passa, mais uma vez, por momentos difíceis. A inflação já atinge praticamente todos os setores e ao longo da pandemia muitos foram aqueles que perderam seus empregos. De uma forma geral, a maior parte da população tem visto seu poder de compra cair e as contas ficarem mais caras.
Então se antes muitos já contraiam dívidas e acabam se tornando inadimplentes, se antes já havia situações em que era necessário rever prioridades e escolher algumas contas entre tantas para pagar, agora a situação se agravou ainda mais.
E quando isso acontece, quais contas devemos priorizar? É sobre isso que queremos falar nesse artigo. Ninguém fica devendo porque gosta não é mesmo? Então abaixo temos algumas dicas pra te ajudar a sair dessa situação.
Prioridades, né?!
Definir quais contas pagar primeiro pode ser um desafio, especialmente quando são tantas as pendências financeiras. O primeiro passo é separar aquelas que são essenciais das não tão essênciais assim.
Alguns exemplos de contas essenciais são:
- água;
- luz;
- aluguel;
- internet.
As contas essenciais são aquelas básicas, relacionadas a sua moradia, a serviços essenciais como abastecimento, sem as quais você não pode viver. Elas sempre devem ser priorizadas.
Em seguida vem aquelas que são importantes também, mas que não tem um valor fixo, que podem ser enxugadas, diminuídas. São exemplos:
- supermercado - compras da semana e do mês;
- outras contas da casa - telefone, gás;
- transportes - gasolina, passagem de ônibus;
- educação - mensalidade escolar, cursos;
- saúde - cconvênios, médicos, remédios;
Em terceiro lugar vêm aqueles que podem entrar e sair do orçamento conforme as possibilidades e necessidades. São algumas delas:
- Atividades de lazer - serviços de streaming, de TV, cinema;
- Compras relacionadas vestuário;
- Alimentação fora de casa, lanches.
Naturalmente, essas necessidades podem variar de pessoa para pessoa e alguma dessas contas que, para a maior parte das pessoas é supérflua, para outro pode ser essencial porque é algo relacionado ao trabalho, ou algo assim. Isso quem decide é você, porém, é importante ter consciência e saber diferenciar entre o que é essencial mesmo e o que você apenas gostaria que fosse.
Uma dica interessante é organizar essas contas em uma planilha de gastos, por exemplo. Para que você possa ter um controle mensal ou semanal de seus gastos. Nessa planilha você pode deixar as contas em atraso de uma cor e as contas já pagas de outra cor, por exemplo.
Visualizar a sua situação financeira com clareza ajuda a lembrar que você tem uma organização e que está trabalhando para resolver seus problemas financeiros, ou seja, te fortalece. Também evita que você esqueça alguma coisa.
Como pagar essas contas pendentes?
Depois que você organizou todas as contas que você tem, que já sabe quais são as atrasadas e as que estão em dia, o próximo passo é montar um planejamento para sair das dívidas. Existem várias formas e métodos para isso, mas essas dicas abaixo podem te ajudar. Veja só.
1. Corte gastos
É aquela dica básica. Todos sabem que às vezes isso é necessário, mas muitas vezes enrolam o máximo para fazer isso. E em muitos casos essa é, sim, a única alternativa. No processo anterior, de listar suas contas por categorias, você já deve ter percebido que há algumas menos importantes. Dependendo do tamanho da sua dívida ou da sua necessidade de reduzir custos, vá cortando as menos importantes primeiro. Lembre-se que essa é uma medida temporária. Logo mais você poderá ter certos prazeres novamente.
2. Monte um orçamento famíliar
Você mora sozinho? Mora com alguém? Independente de como for, tire um tempo para registrar o que entra de dinheiro em sua casa. Se você não mora sozinho, e a outra ou as outras pessoas da casa também trabalham, muitas vezes a união das rendas dentro de uma mesma organização pode facilitar a solução dos problemas.
Mas uma estratégia precisa ser montada e todos precisam colaborar, fazer sua parte. Serão cortados gastos? Vamos cortar gastos juntos. Pode-se optar por unir todo o dinheiro que entra e então com isso pagar o máximo de contas possível; pode-se optar por "cada um paga uma coisa"; e há ainda a alternativa de somar as contas e dividir tudo meio a meio ou de acordo com o que cada um dos membros da família ganha. Vocês precisarão decidir o que funciona melhor.
3. Negocie suas dívidas
E seguida, se você tiver uma dívida com muito atraso, algo que você sabe que irá lhe custar juros altos, alguma conta que já se transformou em uma bola de neve, entre em contato com a empresa, com o banco ouo com a prestadora do serviço e tente uma negociação. Em muitos casos isso é possível e muitas vezes essa negociação é do interesse da empresa também, afinal, ela quer receber o dinheiro dela.
Não raro também acontecem feirões de regularização, de quitação de dívidas, etc. Procure ficar atento a esses eventos pois eles oferecem boas oportunidades de terminar com grandes dívidas. Assim você pode desafogar um pouco o orçamento.
4. Priorize aquelas que tem juros mais altos
Em seguida vem um dos passos mais importantes: olhe na sua lista de contas em atraso e verifique quais são as que tem os juros mais altos. Priorize o pagamento delas. Sempre. Esse tipo de conta tem um poder muito grande de bagunçar um orçamento. Elas se tornam buracos negros das finanças se elas começam a ser atrasadas. Então começe por elas, procure quitá-las primeiro.
5. Pague algumas contas com cartão de crédito
Essa é uma medida de emergência, da qual não deve-se abusar. Mas é uma alternativa possível. Se você não consegue pagar a sua luz agora, mas a fornecedora cobra juros altos, informe-se sobre a possibilidade de pagar com o cartão de crédito. Você pode saber isso entrando em contato com a empresa fornecedora ou com o seu banco.
Concentrar todas as contas, ou boa parte delas no cartão de crédito também pode ser uma forma de não esquecer nada, de concentrar toda a sua renda no pagamento de uma única coisa.
Mas tenha muito cuidado com o cartão. Sempre pague o valor total da fatura, pois o pagamento mínimo faz com que você entre no crédito rotativo do cartão que é o mais caro de todos no Brasil. Se não houver alternativa e você não tem como pagar toda a fatura, opte pelo parcelamento dela, então. Nesse caso os juros são um pouco menores.
6. Estabeleça metas
Dentro dessa sua organização financeira, deixe anotado em um local bem visível qual será o seu passo a passo, quais as suas prioridades, qual conta você vai cortar, qual a conta que você vai quitar primeiro, qual a segunda e assim por diante até chegar em suas metas para quando houver dinheiro sobrando novamente, depois de todas as contas quitadas.
Você pode colocar essas metas em uma checklist, por exemplo. Pode não funcionar com todo mundo, mas com muitas pessoas, a possibilidade de visualizar a lista sendo cumprida, com os checks sinalizando o fim de cada etapa, pode ser muito gratificante e pode ajudar a seguir no cumprimento dessas metas.
Mas é importante que você estabeleça metas possíveis de serem cumpridas. Dê pequenos passos de cada vez. Do contrário, você poderá começar a se sentir desanimado e então, colocar a perder toda a organização.
E por fim, acredite em você mesmo. Você conseguirá!
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