A Raízen anunciou nessa sexta-feira, 25 de junho, que irá investir na construção de sua segunda planta de etanol celulósico, também chamado de E2G, que terá uma capacidade produtiva de 82 milhões de litros do produto por ano, sendo o dobro da quantidade produzida atualmente pela primeira planta.
Também segundo o documento divulgado, a segunda planta de E2G deve ficar pronta em 2023 e será implantada no interior de São Paulo, integrada ao parque de bioenergia Bonfim que fica em uma cidade chamada Guariba. Lançado recentemente, em outubro de 2020, o parque é a primeira planta de biogás da Raízen, onde ocorre atualmente a produção de etanol, açúcar e energia elétrica.
"O anúncio da nova planta atende a crescente demanda pelo produto no mercado internacional, com 91% do seu volume já comercializado em contrato de longo prazo com um player global de energia. Com o domínio da tecnologia, a Raízen se consolidará como o único produtor mundial a operar 2 plantas de etanol celulósico em escala industrial", disse a Raízen por documento divulgado em 24 de junho.
Raízen compra divisão de lubrificantes da Shell no Brasil
A Raízen comprou a empresa Neolubes Indústria de Lubrificantes de uma de suas controladoras, a Shell, negócio no qual já operava desde 2011 como agente exclusivo de comercialização dos produtos.
Segundo o documento divulgado, em 7 de junho foi assinado um acordo para a venda das operações da linha de lubrificantes da Shell no Brasil para a Raízen. Visto que o contrato tinha duração de 10 anos, a gestão das companhias optaram por essa medida para manter a divisão.
"Estamos muito animados em dar continuidade ao crescimento da Shell no mercado de lubrificantes do Brasil - um dos maiores do mundo - através da integração da nossa divisão de lubrificantes à nossa joint venture Raízen, uma parceira estratégica da família Shell", disse o presidente da Shell Brasil, André Araújo.
A Raízen - que está prestes a fazer oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) - tem controle dividido entre a Shell e a Cosan (CSAN3). "No verdadeiro espírito de parceria que vem marcando a trajetória da Raízen desde sua criação há uma década, esta transação trará mais valor aos nossos clientes, pois terão acesso a uma oferta completa de lubrificantes e combustíveis", completou o presidente da Shell no Brasil, André Araújo.
A venda da divisão de lubrificantes da Shell para a Raízen ainda depende de ajustes finais e também precisa da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
IPO da Raízen será um dos maiores da história
É grande a expectativa para a oferta pública inicial (IPO) da Raízen, que está prevista para 2021. Em estágio avançado, o pedido já foi solicitado à Comissão de Valores Mobiliários e a minuta do prospecto preliminar está disponível para consulta. O IPO será de distribuição primária de ações preferenciais (PN's) emitidas pela empresa, que captará todos os recursos levantados com a oferta.
De acordo com projeções do mercado, o IPO da Raízen pode movimentar mais de R$ 10 bilhões, sendo assim um dos maiores feitos no Brasil, e a empresa deve ficar entre as companhias mais poderosas da B3.
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