A Rede D'Or, maior rede privada de assistência médica integrada do país, obteve uma série de resultados recordes no segunto semestre de 2021 (2T21), segundo relatório apresentado na noite dessa terça-feira, 3 de agosto, em seu site de relações com os investidores.
A receita bruta da companhia, foi uma delas, totalizando R$ 5.871,8 milhões, um aumento de 88,9% na comparação com o 2T20 e de 10,7% em relação aos primeiros três meses de 2021. O lucro líquido da empresa também foi alto, de R$ 477,7 milhões no 2T21 comparado a um prejuízo contábil registrado no 2T20, que foi de R$ 306,6 milhões.
Além disso, a empresa teve um Ebitda ajustado de R$ 1.565,9 milhão no 2T21, maior em 607,1% sobre o 2T20 e em 17,7% sobre o 1T21. Já o Ebitda contábil alcançou R$ 1.244,7 milhão no 2T21, em comparação com o valor negativo de R$ 138,3 milhões no 2T20 e 9,7% maior do que no 1T21.
Aumento no número de atendimentos e procedimentos
De acordo com a companhia, esses resultados se devem, em boa parte, por um crescimento no número de procedimentos realizados, apesar da preocupação com a pandemia e cuidados em prevenção de transmissões adotados; e também pelo aumento do atendimento em suas unidades, o que levou a uma taxa de ocupação de 83% no 2T21.
Também houve um aumento de 597 leitos operacionais, principalmente em função das recentes aquisições da companhia. Além disso, as novidades no campo digital também auxiliaram nesses resultados, já que a plataforma digital possibilita o agendamento de consultas e exames e é responsável por cerca de um terço de todos os agendamentos realizados atualmente. Foram, ao total, cerca de 13 milhões de acessos no primeiro semestre do ano.
Quatro aquisições concluídas
O aumento de leitos, como dito acima, teve uma influência das aquisições feitas pela companhia e foram quatro, ao total, no 2T21: hospital América (SP), Balbino (RJ), Serra Mayor (SP) e Biocor (MG). A Rede D'Or destacou que desde outubro de 2020 já foram 12 aquisições que aumentaram a capacidade da companhia em mais de 1,6 mil leitos e permitiram a entrada dela em três novos estados.
Após o encerramento do 2T21, mas em decorrência de atividades feitas ainda no período, a Rede D'Or também anunciou as aquisições do Hospital Proncor, em Campo Grande (MS), e do Hospital Santa Emília, em Feira de Santana (BA). Também estão pendentes os processos de aquisição de outras quatro instituições de saúde, sendo elas o Nossa Senhora das Neves e o Clim (PB), o Proncor (MS) e o Santa Emília (BA).
Mas as novidades não param por aí porque a rede ainda mantém o desenvolvimento de mais de 40 projetos, incluindo novos hospitais e expansões de unidades já existentes e o firmamento de parcerias como a com a Amil, que foi expandida em maio de 2021, e como a com a Vale, para prestação de serviços em dois hospitais da empresa no Pará, anunciada em julho.
Demonstração de resultados
Veja abaixo as tabelas de demonstração de resultados do 2T21 da Rede D'Or.
Receitas
Vale destacar que a Rede D'Or vem registrando um crescimeto contínuo de suas receitas nos últimos trimestres o que resultou em um aumento de 88,9% da receira bruta em comparação com o 2T20 e de 10,7% em relação ao 1T21. A comparação entre os semestres (1S21 vs 1S20) também mostra aumento. Veja abaixo:
De acordo com a companhia a receita bruta da Rede D’Or São Luiz é composta pela receita proveniente dos serviços de saúde, que inclui diárias hospitalares, medicamentos, materiais hospitalares, exames e honorários médicos, e são prestados principalmente para operadoras de planos de assistência à saúde.
A companhia detalha sua receita bruta em dois segmentos: ‘hospitais & outros serviços’, e ‘oncologia (infusões)’. ‘Hospitais & outros serviços’ representou 92,4% da receita bruta no 2T21, somando R$ 5.425,9 milhões no período, 95,4% acima do valor registrado no 2T20 e 10,8% superior ao 1T21.
Já ‘Oncologia (infusões)’ representou 7,6% da receita bruta no trimestre, atingindo R$ 445,9 milhões no 2T21; um avanço de 34,4% sobre o mesmo período do ano anterior e 9,8% maior do que no 1T21.
Ebitda
Também merece um destaque o Ebitda registrado pela empresa, porque no 2T21 ele bateu um novo recorde na história da companhia, atingindo R$ 1.244,7 milhões. No acumulado do ano, o EBITDA alcançou a marca de R$ 2.379,2 milhões, com crescimento superior a cinco vezes o valor registrado no mesmo período de 2020.
A companhia destacou que o forte resultado "segue evidenciando a capacidade de planejamento e execução da Companhia, além do sucesso dos esforços de expansão, que possibilitou aumento de mais de 1.800 leitos operacionais frente a 2T20".
Ela apontou ainda que o Ebitda foi impulsionado pelo cenário de maior fluxo de pacientes nas unidades, com manutenção de altas taxas de ocupação, e a retomada dos procedimentos e cirurgias eletivas - que foram impactadas de maneira significativa pela pandemia ao longo de 2020. Como resultado, a margem Ebitda alcançou 23,9% no acumulado do ano registrando alta de 16,1 p.p. frente ao mesmo período de 2020 e permanecendo praticamente estável frente o 1T21.
Além disso, a Rede D'Or também lembrou que o Ebitda da companhia foi afetado pelos efeitos não recorrentes da pandemia, e que em resposta ao aumento de casos de Covid-19 no fim do 1T21 a companhia precisou reforçar sua estrutra de combate ao vírus com recursos provisórios, que impactaram nos custos e despesas do trimestre.
Resultado Financeiro
O resultado financeiro encerrou o trimestre com saldo negativo de R$ 327,9 milhões, apresentando alta de 7,4% em relação ao 2T20. A receita financeira atingiu R$ 102,6 milhões, com queda de 14,5% quando comparada ao mesmo trimestre do ano anterior.
Apesar do aumento da posição de caixa em consequência das captações de recursos, a queda na receita financeira pode ser atribuída ao efeito positivo da marcação a mercado da participação em Qualicorp S.A. ao longo de 2020, mas ausente a partir de mar/21 devido a sua reclassificação contábil para investimento, com seu resultado passando a ser contabilizado via equivalência patrimonial.
A despesa financeira foi de R$ 435,2 milhões no trimestre, com alta de 23,4% frente o 2T20 devido ao crescimento do endividamento médio e a alta de dois indexadores das dívidas da Companhia: o IPCA e o CDI.
Ações RDOR3
A ação da Rede D’Or São Luiz (RDOR3) encerrou o primeiro semestre de 2021 cotada a R$ 69,03, registrando uma valorização de 19,2% desde o IPO, em comparação a alta de 12,5% do índice IBOV no mesmo período.
O volume médio diário negociado no 2T21 foi de R$ 171,2 milhões (equivalente à US$ 32,4 milhões), enquanto a média diária de negócios foi de 9.046. A RDOR3 está listada em 102 índices, incluindo diversos índices pertencentes aos grupos FTSE, MSCI e S&P.
Em 30 de junho de 2021, a Família Moll detinha, direta e indiretamente, 50,5% das ações da Companhia, enquanto o Free-Float era composto por 46,3% das ações. A soma das ações da Administração e em Tesouraria representava 3,2%.
Do dia 30 de julho até essa terça-feira, dia 3 de agosto, a companhia registrou mais uma alta de 3,42% no preço de seus papéis, de forma que no momento do fechamento do mercado, nessa terça-feira, dia 3, eles estavam custando R$ 71,36 cada.
Como os resultados da empresa foram divulgados após o horário de fechamento de mercado, ainda não foi possível sentir o efeito do relatório nas ações, no entanto, isso deve acontecer no dia de hoje, para mais ou para menos.
Veja na íntegra o relatório de resultados da Rede D'Or no 2T21.
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