Dentro de alguns dias 2021 terá terminado. E se por um lado parece que foi ontem que estávamos entrando nesse ano, por outro também sabemos que muitas coisas aconteceram nos últimos 365 dias. E no universo das finanças e dos investimentos alguns fatos foram bem marcantes.
Mas você lembra dos principais deles? Qual você diria que foi o acontecimento de 2021 que mais impactou no seu bolso? Nessa matéria, vamos te ajudar a lembrar de algumas coisas, afinal de contas a gente sempre pode aprender com o que acontece em nossa vida e iniciar um novo ano mais forte, não é mesmo?!
Então, segue a leitura!
5 fatos que mexeram no seu bolso em 2021
1. A inflação que subiu como há tempos não subia
A cada ida ao mercado, a cada abastecimento no posto de combustíveis, a cada vez que era necessário fazer alguma compra aquela constatação que ninguém quer fazer, mas que em 2021 foi inevitável: as coisas estão mais caras.
Em 12 meses, até o momento, foram 10,74% de alta, em média, segundo a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Entre os produtos que puxaram essa alta, estiveram a gasolina, a energia elétrica e também os alimentos (a carne por exemplo, né?)
E a gente sentiu no bolso tudo isso porque a cada nova alta, perdíamos um poquinho mais do nosso poder de compra, já que o salário continuou o mesmo (ou até menor) para uma boa parcela da população.
2. A taxa de juros voltou ao patamar de 2017
Se em 2020 a taxa básica de juros, a Selic, chamou a atenção por ter chegado no patamar mais baixo de sua história, ou seja, nos 2% ao ano, em 2021 ela assustou porque de março para cá ela não parou de subir e encerra o ano em 9,25%, mesmo patamar em que ela estava em setembro de 2017.
Isso aconteceu porque o Comitê de Política Monetária (Copom) do banco Central, órgão responsável por definir a taxa de juos, estava tentando controlar a inflação. Sempre que a taxa de juros é elevada, as pessoas tendem a gastar menos e com menos procura pelos produtos, ele também acaba tendo o seu preço baixado.
Porém, em função das dificuldades que a pandemia trouxe, essa medida não surtiu o efeito na velocidade em que se esperava, até porque os brasileiros já não vinham gastando muito mesmo e também porque os preços de muitas coisas, como por exemplo, da gasolina, sofreram muita influência de uma valorização do dólar, moeda que define os preços das commodities em todo o mundo.
Ainda assim, é uma das medidas possíveis e por isso, a expectativa é de que a Selic diga subindo, pelo menos mais um pouquinho em 2022, podendo chegar a faixa dos 11,50% ano ano. Quem viver, verá como vai ser.
O fato é que com a Selic acima dos 8,5% ao ano, isso afetou o rendimento da poupança, dos bancos digitais, de alguns investimentos em renda fixa como o Tesouro Selic, entre outros. E isso impacta muito na vida de todos nós.
3. O auxílio emergencial continuou para alívio de muitos brasileiros
Ele era pra ter sido encerrado em 2020, mas diante das novas ondas da covid-19, da necessidade de adotar e readotar medidas de prevenção, incluindo manter estabelecimentos fechados ou funcionando em horários reduzidos, o governo acabou prorrogando o benefício a partir de março.
Inicialmente seriam quatro parcelas. Depois, o benefício ganhou mais uma extensão de três meses. Assim, ele acabou sendo pago até outubro de 2021.Depois disso, veio o Auxílio Brasil e o fim do Bolsa Família que foi substituído pelo primeiro, e esse dois programas, aliás, também deram o que falar ao longo do ano.
Destinado a famílias em situação de pobreza (com renda mensal por pessoa de até R$ 200) ou extrema pobreza (com renda mensal por pessoa de até R$ 100) com gestantes ou crianças e jovens de até 21 anos incompletos, ele começou a ser pago em novembro e o preço médio mensal do benefício deverá ser de R$ 400.
Para pagar isso aos brasileiros porém, uma ginástica teve que ser feita (e ainda está sendo feita, na verdade) no Congresso, envolvendo os poderes Executivo e Legislativo, buscando uma saída financeira que resultou na PEC dos Precatórios, que por sua vez gerou instabilidade político econômica, que derrubou a bolsa de valores, e por aí vai...
Mas o benefício está sendo pago, assim como o Bolsa Família já era pago antes e ele deve continuar em 2022.
4. Ibovespa chegou aos 130 mil pontos e a bolsa teve recorde de investidores
Ali em cima falamos da bolsa de valores e sobre como a instabilidade político-econômica afetou ela. Mas isso foi principalmente na segunda metade do ano, porque lá no início ela estava indo muito bem obrigada, batendo seus recordes históricos. Em junho de 2021, aliás, ela chegou, pela primeira vez na história, aos 130 mil pontos.
Isso foi consequência direta de um aumento no número de investidores ao longo de todo o 2020, quando a baixa da Selic acabou incentivando a população brasileira a sair da velha e tradicional poupança e dos investimentos mais seguros como o Tesouro Direto e os CDBs para começar a se aventurar um pouco mais no mundo dos investimentos, em busca de melhores retornos.
Em função disso, ao longo de 2021, a bolsa brasileira bateu a marca histórica de 4 milhões de contas de pessoas físicas em renda variável (com a proporção de mulheres investidoras também chegando à máxima histórica de 29% do total). Segundo a B3, o número de investidores em ações cresceu 26% entre setembro de 2020 e setembro de 2021.
Além disso, cresceram também os investidores de fundos de investimento imobiliários, de fundos de índices, como os ETFs, e também de BDRs - cujo número aumentou mais de 14 vezes no período.
Nas últimas semanas e meses de 2021, porém, uma nova queda na bolsa foi sendo sentida, também na medida em que a Selic voltava a se elevar. Muitos acabaram migrando novamente para esses investimentos mais seguros.
5. O bitcoin teve mais reviravoltas do que seria possível esperar, mas segue firme
E se você se interessa um pouquinho pelos investimentos em 2021 deve ter passado uma boa parte do tempo tentando acompanhar o que estava acontecendo com o bitcoin que subiu, bateu reecordes, caiu pela metade de seu valor, subiu outra vez, bateu novos recordes (US$ 68 mil) e agora, depois de uma leve queda (outra vez), se encontra na casa dos US$ 50 mil.
No meio disso tudo tivemos outras criptomoedas e outros criptoativos se destacando, como a rede Ethereum (ETH) que também subiu, além dos jogos NFT que vieram com tudo nas últimas semanas. Também foram lançados na bolsa brasileira os 5 primeiros ETF de criptomoedas da América Latina.
É um fenômeno. Alguns amam, outros odeiam e a maioria ainda está tendando entender do que se trata. Enquanto isso, especialistas apostam, cada vez mais que o bitcoin será, num futuro nem tão distante o que o ouro é hoje, ou seja, uma reserva de segurança dentro das carteiras de investimento.
Então, no meio de tudo isso, aqui estamos nós. E o que será que vem pela frente? O ano de eleição promete, disso não temos dúvidas. Então, segura firme aí. 2022 tá começando. Boa sorte para todos nós!
Com informações Blog do Nubank.
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