A Rumo (RAIL3) registrou um prejuízo líquido de R$ 384 milhões no 4º trimestre de 2021 (4T21), revertendo o lucro de R$ 3 milhões obtido no mesmo período de 2020.
Considerando todos os meses de 2021, a Rumo teve um lucro líquido de R$ 156 milhões, o que representa uma queda de 48,9% em relação ao ano de 2020, influenciado por aumento de custos e quebra do ano-safra de milho.
"A quebra de safra trouxe retração de 38,4% nas exportações de milho no Brasil na safra 20/21 em relação à safra anterior. Apesar disso, a estratégia comercial de ganho de market share possibilitou que a Rumo fosse menos impactada, alcançando o volume transportado de 64,0 bilhões de TKU, 2,5% superior ao volume de 2020.", consta no relatório.
Hoje a Rumo é a maior exportadora de grãos de Goiás com uma participação de 54% em dezembro. Além disso, a empresa destaca que ganhou 3,7 pontos percentuais no market share de exportações de grãos do Mato Grosso em 2021.
Destaques da Rumo (RAIL3)
Segundo o relatório divulgado em 17 de fevereiro, a receita operacional líquida foi de R$ 1,512 bilhão no 4T21, sendo uma queda de 9% frente aos meses de outubro a dezembro de 2020.
De outro lado, a receita líquida da Rumo totalizou R$ 7,440 bilhões em 2021, resultado 6,8% superior em relação a 2020, em função de aumento de 4,5% na tarifa consolidada e de 2,5% no volume do ano. "As tarifas no primeiro semestre refletiram o repasse dos ajustes do preço de combustível, e no segundo semestre foram impactadas negativamente pela quebra de safra de milho, pela captura do volume de grãos em regiões mais distantes e também pela maior pressão sobre os preços spots de grãos", explica a empresa.
O volume transportado total pela Rumo, dado em toneladas por quilômetros úteis (TKU), cresceu 2,5% em relação a 2020 para 64.028 bilhões. Mas no 4T21 o volume transportado atingiu 15.883 bilhões de TKU com queda de 1,9% quando comparado com o mesmo período de 2020.
Por sua vez, o Ebitda no 4T21 alcançou R$ 419 milhões, uma queda de 46,7%, pressionado por aumento de 18,3% no custo variável, principalmente com salto de 47% no preço do combustível, e pela maior inflação sobre os custos fixos, que cresceram 9,3% no período, segundo a Rumo.
No resultado acumulado, o Ebitda da empresa ficou em R$ 3,350 bilhões em 2021; retração anual de 8,6% como reflexo do menor volume de milho, em decorrência do cenário de quebra de safra.
Além de aumento nos custos variáveis, a Rumo também registrou alta nos custos fixos e despesas gerais e administrativas, que totalizaram R$ 1,891 bilhão em 2021 com salto de 9,3%. Outro destaque é o custo dos produtos vendidos, que subiu 13,3% nesse período para R$ 5,352 bilhões.
A Rumo encerrou 2021 com uma dívida líquida de R$ 9,385 bilhões, sendo um aumento de 4,3%. Com isso, a alavancagem da empresa cresceu de 2,4x para 2,8 vezes no 4T21.
Em linha com as projeções institucionais, os investimentos totais (capex) fecharam 2021 a R$ 3,453 bilhões, em um crescimento de 15,9% em relação a 2020, com destaque para as aquisições, que tiveram alta de 24,6% nesse intervalo.
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