O Santander Brasil registrou um lucro líquido gerencial de R$ 4,171 bilhões no segundo trimestre do ano (2T21), sendo o maior patamar da história. Além disso, outro indicador também apresentou um recorde no período: o ROE, que mostrou uma rentabilidade na companhia de 21,6% no maior registro histórico.

O banco privado Santander (SANB11) divulgou nesta quarta-feira, 28 de julho, o balanço de resultados do 2T21, dia em que também está marcada a teleconferência de apresentação dos números.

Na véspera da divulgação dos resultados, em 27 de julho, o Santander anunciou uma distribuição de Juros sobre Capital Próprio (JCP) de R$ 3,4 bilhões, com data-com em 4 de agosto, bem como informou ao mercado uma alteração na presidência do Conselho de Administração - saiba mais abaixo.

Destaques financeiros

Como mencionado acima, o Santander registrou um lucro líquido gerencial de R$ 4,171 bilhões no 2T21. Além de ser o maior resultado da história do banco, é também um forte crescimento de 98,4% em relação ao segundo trimestre de 2020.

O resultado das operações do banco, ou resultado operacional, atingiu R$ 6,679 bilhões no segundo trimestre de 2021, sendo um salto de 11,5% frente ao resultado registrado um ano antes.

O Santander teve uma margem financeira líquida de R$ 10,099 bilhões no segundo trimestre de 2021 (2T21), o que, entretanto, representa uma baixa de 1,9%. De outro lado, segundo o relatório divulgado, as receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias da companhia somaram R$ 4,7 bilhões em um crescimento de 26,8% em relação ao segundo trimestre de 2020.

Também segundo o balanço, as despesas gerais do Santander cresceram 3,6% no 2T21, para R$ 5,106 bilhões, conforme pode ser visto na tabela abaixo. O banco destaca que o resultado ficou abaixo da inflação do período.

RI/Santander.
RI/Santander.

Carteira de crédito salta 15%; índice de eficiência no melhor patamar histórico

A carteira de crédito do Santander atingiu uma quantia de R$ 439,797 bilhões no 2T21, o que representa um crescimento de 14,9% em relação ao mesmo período de 2020. Os destaques da carteira são dois: pessoas físicas (+20,9%) e a linha de empréstimo a pequenas e médias empresas, as PME's que apresentaram alta de 29,8% no intervalo.

Por sua vez, o índice de eficiência do Santander chegou a 33,8% no segundo trimestre deste ano, sendo o "melhor patamar da indústria até o 1T21", consta no balanço divulgado.

Menor Índice de Inadimplência da história

Segundo o relatório divulgado pelo Santander, houve um outro recorde nos resultados financeiros do banco. Acontece que o índice de inadimplência acima de 90 dias ficou em 2,2% no segundo trimestre de 2021 (2T21), "abaixo dos patamares históricos", afirma o banco.

"Esse desempenho evidencia o nosso comprometimento com a produtividade, resultado da estratégia da industrialização dos processos. Em relação ao 1T21, o índice melhorou 0,5 p.p.", disse o Santander.

Outros destaques

O Santander fechou o 2T de 2021 com uma base total de clientes ativos de 29 milhões, sendo um aumento de 8% na comparação com o mesmo período de 2020. Além disso, com o sucesso do mercado online nos últimos meses, a base de clientes digitais do Santander chegou a 17,5 milhões no 2T21, sendo um acentuado crescimento anual de 21%.

Na linha de cartões do Santander, o faturamento total entre produtos de crédito e débito foi de R$ 71 bilhões no 2T21, sendo uma alta de 50,6% em relação ao mesmo período de 2020. Segundo o relatório divulgado, houve um acentuado crescimento de 93% na base de clientes de cartões, sendo um "recorde de aquisição de novos clientes", disse o Santander.

De outro lado, nos últimos dozes o Santander fechou 144 agências e atingiu no 2T21 uma quantidade de 2.065 unidades físicas. De outro lado, a equipe do banco contou com um crescimento de 78 funcionários na comparação com o segundo trimestre de 2020, totalizando então 46.426 colaboradores, conforme pode ser visto na tabela abaixo:

RI
RI/Santander.

"Com uma cultura tecnológica sólida, alinhada a nossa ambição, processamos mais de 300 milhões de transações por dia, de forma segura, rápida e eficiente", disse o Santander pelo relatório divulgado.

Santander aprova JCP de R$ 3,4 bilhões

Em 27 de julho de 2021, o Santander anunciou que seu Conselho de Administração aprovou uma distribuição de R$ 3,4 bilhões em forma de JCP (Juros sobre Capital Próprio), referente ao segundo trimestre de 2021 (2T21), com pagamento a partir do dia 3 de setembro de 2021. Após ser descontado imposto de renda, o valor líquido desse JCP do Santander será de R$ 2,890 bilhões.

Terá direito aos recursos do JCP quem comprar as ações do Santander até o dia 4 de agosto de 2021, próxima quarta-feira, que é a data-com. A partir do dia 5 de agosto todos os papéis do banco serão negociados em ex-JCP. Veja abaixo quanto o Santander pagará por ação:

  • Ações ON (ordinárias - SANB3): valor líquido de R$ 0,36;
  • Ações PN (preferenciais - SANB4): valor líquido de R$ 0,40;
  • Units (SANB11): valor líquido de R$ 0,77.

- Veja o documento sobre o próximo pagamento de JCP do Santander na íntegra.

Alteração na Administração do Santander em julho

Junto ao anúncio do JCP, o Santander Brasil anunciou ao mercado em 27 de julho por meio de fato relevante que o atual presidente do Conselho de Administração, Álvaro de Souza, deixará a presidência do Conselho de Administração da Companhia no dia 31 de dezembro de 2021 e permanecerá como membro independente do Conselho do Grupo Santander na Espanha.

"Conjuntamente com o Sr. Sérgio Rial, o Sr. Álvaro de Souza presidiu a maior transformação de uma grande plataforma financeira ao longo dos últimos seis anos, tendo o Santander apresentado um dos maiores "Total Shareholder Return" entre os grandes bancos brasileiros nos últimos cinco anos", consta no documento enviado ao mercado.

O substituto será o atual vice-presidente da área de empresas da companhia, Mario Roberto Opice Leão. Membro do Comitê Executivo do banco há quatro anos, Mario Leão é graduado pela Escola Politécnica de São Paulo, já tendo passado no decorrer da carreira em diversas instituições, como Citibank, Goldman Sachs e Morgan Stanley, contando então com vasta experiência no mercado financeiro.

"Essa sucessão consolida o trabalho de transformação do Santander, tendo atingido o melhor nível de rentabilidade e de eficiência do sistema financeiro brasileiro, trabalho este em que o Sr. Mario e todo o Comitê Executivo, foram protagonistas. (...) O Santander Brasil seguirá com sua história inabalável de crescimento rentável, reforçando sua cultura de não parar", disse o banco.