Na última quarta-feira, 21 de setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central esteve mais uma vez reunido para definir a taxa básica de juros - Taxa Selic - da economia brasileira, e dessa vez, depois de 12 altas consecutivas, o órgão decidiu mantê-la no mesmo patamar em que já estava, ou seja, nos 13,75% ao ano.
Antes disso, a última reunião havia sido em agosto e na oportunidade, a Selic foi elevada 0,5 ponto percentual, passando de 13,25% para 13,75%. Em cerca de 1 ano e meio foram 11,75 pontos percentuais de elevação já que quando essa sequência de altas começou, no início de 2021, a taxa estava em 2% ao ano.
Agora, porém, há a expectativa por uma manutenção e estabilização. Diante disso, como fica a rentabilidade das principais aplicações de renda fixa a partir de agora? Como serão afetados os rendimentos de investimentos que acompanham a Selic como CDBs (Certificado de Depósito Bancário), títulos privados e do Tesouro Direito?
Confira a seguir todos os detalhes.
Com a alta da Selic, onde investir?
De acordo com simulações do buscador de investimentos Yubb, vários investimentos em renda fixa estão mais atrativos. É dito isso, pois eles estão com uma rentabilidade líquida de até mais de 7% para 12 meses.
Entre as modalidades com maior retorno estão as debêntures incentivadas. As mesmas, tratam-se de títulos emitidos por empresas para financiar os seus projetos e operações, LCI e LCA. Todas essas aplicações não pagam imposto de renda (IR).
Com a Selic a 13,75%, e a estimativa de desaceleração da inflação, o retorno líquido real estimado para uma aplicação no Tesouro Selic, por exemplo, é de 3,52% para o período de 12 meses. Ou seja, mais do que o dobro do que era projetado na simulação feita pela Yubb, quando a taxa de juros foi alterada para 13,25% ao ano.
Enquanto isso, para os investimentos em CDB, a rentabilidade média projetada é de 0,97% em 12 meses, para as aplicações em títulos de bancos grandes, e de 5,05% em bancos médios, já descontada a inflação e o IR.
De acordo com Bernardo Pascowitch, CEO e fundador do Yubb, o momento atual segue sendo favorável para os títulos de renda fixa, em virtude dos juros altos e da inflação ainda persistente.
"O investidor mais conservador pode optar pelos títulos pós-fixados; investidores mais experientes podem optar também pelos títulos prefixados", explica Pascowitch.
Enquanto isso, Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos, recomenda cautela em relação aos títulos ligados ao IPCA. "São ativos que estão com uma volatilidade implícita muito elevada e quanto mais a inflação reduzir, mais essa volatilidade vai aumentar, o que pode assustar muito os investidores", diz.
Investimentos mais procurados
De acordo com o levantamento do Yubb, os investimentos em renda fixa foram os mais procurados no mercado financeiro neste começo do mês. Os CDBs, que contam com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) para aplicações de até R$ 250 mil, foram as opções mais buscadas pelos investidores durante o mês de julho.
Confira o ranking:
- CDBs;
- Tesouro Direto;
- LC/RDB;
- LCI/LCA;
- Ações livres;
- Fundos de ações;
- Debêntures;
- Fundos imobiliários (FIIs);
- Fundos multimercado;
- Fundos de índice (ETFs).
Com a Selic a 13,75% ao ano, onde investir?
A alta dos juros em mais 0,5 ponto percentual vai elevar os rendimentos de investimentos que acompanham a Selic como CDBs (Certificado de Depósito Bancário), títulos privados, e do Tesouro Direito. E assim, superam o retorno ofertado pela poupança.
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