O Conselho de Administração da Tegma rejeitou a proposta de combinação de negócios feita pela JSL (controlada da Simpar). A informação foi divulgada por meio de Fatos Relevantes divulgados por ambas as empresas na última sexta-feira, dia 16 e nessa segunda-feira, dia 19 de julho.
De acordo com o documento publicado na sexta-feira, pela Tegma, a proposta feita pela JSL no dia 1º de julho foi rejeitada com unanimidade. Em resposta a esse documento, a Simpar informou aos seus acionistas nessa segunda-feira, que a JSL:
"[...] seguirá executando seu planejamento estratégico independente da Operação, seja de maneira orgânica ou através de aquisições, atuando como líder e consolidadora do setor de logística rodoviária no Brasil".
A proposta
A proposta feita pela JSL contemplava o pagamento de uma parcela em dinheiro de R$ 989.066.580,00 milhões e a entrega de 49.422.000 novas ações de emissão da JSL. Após a consumação da Operação, os acionistas da Tegma seriam detentores de, aproximadamente, 15% do capital total da JSL.
O objetivo era a combinação dos negócios das duas companhias e na oportunidade, a JSL apresentou um relatório contendo informações sobre as operações de ambas as empresa apontando que, somadas elas combinariam R$ 6,1 bilhões de Receita Bruta nos últimos 12 meses, o que representaria um aumento de R$2,8 bilhões e um
crescimento de 86% da Receita Bruta da JSL no mesmo período.
Somados os EBITDAs da JSL e da Tegma nos últimos 12 meses a companhia combinada teria R$ 827 milhões de EBITDA, o que significaria um aumento de R$ 423 milhões e um
crescimento de 105% do EBITDA da JSL no mesmo período.
A estratégia previa a criação de um negócio mais robusto e diversificado, com capacidade de oferecer novos serviços para os mesmos clientes e diversificar a atuação da Tegma, "resultando na criação de valor substancial para as companhias, seus respectivos acionistas, clientes, colaboradores, caminhoneiros agregados e para o setor logístico brasileiro", dizia o documento.
Veja na íntegra a proposta de combinação de negócios feita pela JSL à Tegma.
O que será feito agora?
Com a rejeição da proposta, a Simpar destacou, como já vimos, que a JSL seguirá com sua estratégia de crescimento por outros meios. No Fato Relevante divulgado, a companhia destacou ainda que "durante o período de 15 dias em que sua proposta esteve válida, a JSL não foi convidada a se reunir com a Tegma e seus assessores para apresentar, em detalhes, o racional, os méritos da Operação e potenciais sinergias, que beneficiariam de maneira equânime seus respectivos acionistas, clientes, colaboradores, motoristas de caminhão (próprios, terceiros e agregados) e o setor logístico brasileiro".
A Simpar também destacou que não houve oportunidade para "demonstrar o preço justo das ações da JSL que seriam dadas como parte relevante do pagamento" e que embora o benefício mútuo vislumbrado pela JSL não tenha se concretizado, ela sabe que o setor de logística no Brasil oferece inúmeras oportunidades "devido a sua grande fragmentação e potencial de consolidação".
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