A Telefônica Brasil, dona da Vivo (VIVT3), anunciou que seu Conselho de Administração aprovou na quarta-feira, 13 de abril, um pagamento bruto de R$ 150 milhões em forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP), com base no balanço patrimonial de 31 de março de 2022. Entretanto, após a alíquota de 15% do imposto de renda, o total líquido a ser repartido entre os acionistas chega a R$ 127,5 milhões, que será imputado ao dividendo mínimo obrigatório do exercício social de 2022.

Segundo o documento divulgado, será pago um valor bruto por ação de R$ 0,08. Após a cobrança do imposto de renda na fonte, conforme a legislação em vigor, o acionista receberá na conta uma quantia líquida de cerca de R$ 0,0761.

Para receber esses JCP da Vivo, deve-se comprar as ações, isto é, apresentar-se como acionista da companhia, até o dia 29 de abril de 2022 que é a data de corte (data-com) estabelecida. Assim, a partir disso (2 de maio) as ações passam a ser negociadas na Bolsa de Valores em ex-direito de JCP.

O pagamento individual desses JCP aos acionistas deverá ocorrer até 31 de julho de 2023, em data que ainda será definida pela Diretoria da da Telefônica. Além disso, é informado ainda que os valores por ação dos Juros Sobre Capital Próprio poderão sofrer ajustes futuros, até 29 de abril de 2022, em função de eventuais aquisições de ações dentro do Programa de Recompra de Ações para permanência em tesouraria, para posterior alienação e/ou cancelamento.

Assim, esse é mais um pagamento de JCP aprovado pela Telefônica em 2022. Em março desse ano, a dona da Vivo anunciou uma remuneração de R$ 250 milhões aos acionistas, sendo um valor bruto de R$ 0,149 por ação.

Próximos Dividendos e JCP da Telefônica (VIVT3)

Datas:

  • Aprovação: 13 de abril de 2022;
  • Data-Com: 29 de abril de 2022;
  • Data-Ex: a partir de 2 de maio de 2022;
  • Data do pagamento: até 31 de julho de 2023;
  • Referência: dividendo mínimo obrigatório de 2022.

Valores:

  • Pagamento total: R$ 150.000.000,00;
  • Valor total após Imposto de Renda (IR): R$ 127.500.000,00;
  • Valor bruto por ação: 0,08962197427;
  • Valor líquido por ação após IR: 0,07617867813.

Vivo Ventures: Telefônica cria fundo de investimento para startups

Em 11 de abril desse ano o Conselho de Administração aprovou a criação de um fundo de Corporate Venture Capital, em conjunto com a Telefónica Open Innovation, chamado Vivo Ventures (VV), que terá por objetivo investir em startups focadas em soluções inovadoras e que possam acelerar o crescimento do ecossistema B2C da Telefônica.

Segundo o documento divulgado, o Fundo VV prevê um aporte estimado de R$ 320 milhões, que serão investidos ao longo dos cinco primeiros anos, em startups dos segmentos de saúde, finanças, educação, entretenimento, casa inteligente, marketplace, dentre outros. A dona da Vivo será titular de 98% do capital subscrito do VV e a Telefónica Open Innovation de 2%.

"Por meio do VV, a Companhia pretende fomentar a expansão de seu ecossistema digital mediante a criação de parcerias significativas com startups, contribuindo para complementar a proposta de valor oferecida a seus clientes através de serviços e produtos inovadores, com foco no propósito de digitalizar para aproximar, alavancando-se em sua extensiva cadeia de distribuição e no potencial da marca Vivo", explica a companhia.

Telefônica e Ânima criam empresa (JV) de educação

Após o anúncio em fevereiro, a Telefônica e a Ânima (ANIM3) formalizaram a criação da joint-venture na área de educação digital em 8 de abril desse ano. Acontece que nesse dia foram assinados os documentos e acordos necessários para início da operação da nova empresa, incluindo aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Segundo o documento divulgado, a estratégia da Vivo e da Ânima Educação consistirá em criar uma plataforma digital de cursos livres de capacitação, sendo que o foco será educação continuada e empregabilidade. O novo projeto terá ensino em diversas áreas, como Tecnologia, Gestão, Negócios e Turismo.

"Ao associar o know-how da Ânima Educação em fornecer cursos na modalidade digital à capacidade de distribuição em escala da Telefônica Brasil, a joint-venture tem o objetivo de alavancar o mercado de trabalho, contribuindo para o desenvolvimento e melhoria da condição de vida dos seus estudantes", explicam pelo documento.