Em maio deste ano, as vendas de títulos públicos federais por meio do Tesouro Direto atingiram R$ 3,9 bilhões. No mesmo mês, foram resgatados R$ 2,14 bilhões. Dessa forma, a emissão líquida, ou seja, o saldo entre papéis emitidos menos os títulos resgatados, foi de R$ 1,76 bilhão.
Segundo o relatório divulgado pelo governo as aplicações de até R$ 1 mil representaram 59,99% de todas as operações de investimento mensais, mas o valor médio por operação foi de R$ 6.510,26. Abaixo, confira mais detallhes.
Tesouro Selic é o mais procurado
O grupo mais demandado pelos investidores foi o indexado à Selic (Tesouro Selic), cuja participação nas vendas atingiu 56,5%. Os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais) corresponderam a 32,7% do total e os prefixados, a 10,9%.
Entre os títulos resgatados, o equivalente a pouco mais de R$ 2,05 bilhões foi readquirido pelo Tesouro Nacional, pelos preços de mercado na data da transação, e o correspondente a cerca de R$ 92,4 milhões foi relativos à data de vencimento - pelos quais o investidor recebe o valor integral da rentabilidade definida no momento da compra.
Quanto ao prazo, a maior parcela de vendas se concentrou nos títulos com vencimento entre 1 e 5 anos, que alcançaram 79,99% do total. As aplicações em títulos com vencimento acima de dez anos representaram 17,94%, enquanto os títulos com vencimento de cinco a dez anos corresponderam a 2,06% do total.
Total de investidores
De acordo com o balanço que o Tesouro Nacional divulgou hoje, dia 27, em maio foram realizadas 600,12 mil operações de investimento em títulos do Tesouro Direto.
Além disso, o total de investidores com algum saldo em aplicações no programa de vendas de títulos públicos federais atingiu a marca de 1,974 milhão de pessoas, enquanto o total de cadastros cresceu com a entrada de mais 561,06 mil pessoas, atingindo 18,953 milhões de nvestidores - número 72,39% superior ao de maio de 2021.
O que é o Tesouro Direto?
Para quem não sabe, o Tesouro Direto é um título público emitido pelo Tesouro Nacional e funciona como um tipo de empréstimo que o governo faz com a população. Sim, isso mesmo, é possível emprestar o seu dinheiro ao governo federal através de um investimento no Tesouro Direto. Depois, você recebe o valor investido com juros na data de vencimento, que é definida quando você faz a compra do título.
A remuneração dessas aplicações pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida, ou seja, existem várias opções de títulos e alguns deles permitem que você saiba exatamente quanto vai ganhar no momento de fazer o resgate, mas há outros que deixam esse retorno em aberto, a depender de outros fatores como a inflação ou Taxa Selic. Vamos ver mais abaixo os detalhes sobre cada um deles.
Por enquanto, é interessante que você saiba que, esse é um tipo de investimento muito fácil de ser feito e, que por ser emitido pelo governo federal, ele possui riscos baixíssimos, afinal, as chances de um governo quebrar totalmente e ficar em dívida com você são muito, muito difíceis.
Além disso, com um valor baixo é possível começar a investir. Atualmente, por exemplo, a partir de R$ 31,55 já é possível fazer uma aplicação nessa renda fixa. Bom, né?
Modalidades do Tesouro Direto
Como dito acima, existem diferentes modalidades de títulos e cada uma delas possui características específicas. Abaixo vamos apresentar cada um deles. Lembramos que é importante você conhecer as alternativas para que possa escolher aquela que mais se assemelha aos seus objetivos de investimento.
Tesouro Prefixado
Esta modalidade é dividida em dois títulos:
- Tesouro Prefixado; e
- Tesouro Prefixado com Juros Semestrais.
A taxa de rentabilidade atual desta modalidade varia de 12,51% a 12,70% ao ano, dependendo do período de tempo que você pretende deixá-lo à disposição do governo, ou seja, se você quer deixá-lo apenas até 2025, o rendimento é de 12,55% ao ano e se puder deixá-lo até 2029, receberá 12,51% ao ano. Agora, se você puder deixar esse valor até 2033, além de receber um rendimento de 12,70% ao ano também terá direito a juros semestrais.
Tesouro Pós-fixado, atrelado à inflação (IPCA)
Outra modalidade disponível é o Tesouro IPCA, que é pós-fixado, atrelado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país. Esse título é chamado de pós-fixado pois o investidor não sabe exatamente quanto ele irá ganhar, já que isso depende de quanto será a inflação do país no período do investimento.
Atualmente, existem seis opções de Tesouro IPCA e eles oferecem rentabilidades variadas que vão de IPCA + 5,59% ao ano até IPCA + 5,83% ao ano. Ou seja, o investidor receberá a inflação + o valor da rentabilidade pré-fixada. Então, na verdade esse é um tipo de título híbrido.
Tesouro Selic
E a terceira modalidade de investimentos no Tesouro Direto é o Tesouro Selic, que como o nome já dá a entender, está atrelado à Taxa Selic. De todos, como também é possível imaginar, essa é a aplicação mais afetada pelas recentes elevações da taxa básica de juros do Brasil.
Existem hoje duas opções de título no Tesouro Selic: o Tesouro Selic 2025 e o Tesouro Selic 2027. Seus rendimentos serão SELIC + 0,1176% e SELIC + 0,1741% ao ano, respectivamente. Isso significa que, assim como o Tesouro IPCA depende da variação do IPCA, o Tesouro Selic depende da variação da Selic. Atualmente a Taxa Selic está e 13,25% ao ano.
Com informações: Agência Brasil
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