Na última sexta-feira, dia 24 de setembro, o Tesouro Nacional divulgou dados sobre as movimentações financeiras. Em suma, as vendas de títulos superaram os resgates em R$ 1,288 bilhão neste mês de agosto.
Ao total, as vendas do programa atingiram R$ 3,312 bilhões em agosto. Já os resgates totalizaram R$ 2,023 bilhões. Desse total, R$ 1,881 bilhão se referem a recompras de títulos públicos e R$ 142,7 milhões, a vencimentos, quando o prazo do título acaba e o governo deve reembolsar o investidor com juros.
Títulos mais procurados
Os títulos mais procurados pelos investodires foram os corrigidos pela inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA). Eles corresponderam a 44,9% do total.
Por outro lado, os títulos vinculados à taxa básica de juros, a Selic, tiveram uma participação de 38,6% nas vendas. Já os prefixos, tem os juros definidos no momento da emissão, de 16,5%.
Ademais, o estoque total do Tesouro Direto chegou a R$ 69,83 bilhões no fim de agosto. Isso representa um aumento de 2,9% em relação ao mês anterior (R$ 67,89 bilhões). Por fim, há um aumento de 14% em relação a agosto de 2020 (R$ 61,24 bilhões).
Investidores
No que diz respeito ao número de investidores, cerca de 516.099 novos participantes se cadastraram no programa em agosto. O número total de investidores chegou a 12.465.896, uma alta de 54% nos últimos 12 meses.
O total de investidores ativos (com operações em aberto), chegou a 1.635.257. Ou seja, um aumento de 21,6% em 12 meses. No mês, o acréscimo foi de 37.588 novos investidores ativos.
O uso do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser vista pelo considerável número de vendas até R$ 5 mil. O valor correspondeu a 83,6% do total de 540.702 operações de vendas ocorridas em agosto. Por outro lado, as aplicações de até R$ 1 mil representaram 63,2%. O valor médio por operação foi de R$ 6.126.
Os investidores estão preferindo papéis de médio prazo. As vendas de título com prazo de 1 a 5 anos, representaram 60,2%. Já as com prazo de 5 a 10 anos, chegaram a 25,9%. Os papeis de mais de 10 anos de prazo chegaram a 13,8% das vendas.
Sobre o Tesouro Direto
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002, para popularizar esse tipo de aplicação. Ele possibilita que as pessoas físicas possam comprar títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só precisa pagar por uma taxa para a corretora responsável pela custódia dos títulos.
A venda de títulos é uma forma que o governo possui para captar recursos para pagar as suas dívidas. Em troca, o Tesouro Nacional devolve o valor + um adicional que pode variar de acordo com a Selic, com os índices de inflação, câmbio ou uma taxa já definida no caso dos papéis prefixados.
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