As vendas de títulos do Tesouro Direto superaram os resgates em R$ 934,1 milhões em julho deste ano. De acordo com os dados do Tesouro Nacional, divulgados nessa terça-feira, 24 de agosto, as vendas do programa atingiram R$ 2,4 bilhões no mês passado.
Já os resgates totalizaram R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 1,4 bilhão relativo a recompras de títulos públicos e R$ 120 milhões, a vencimentos, quando o prazo do título acaba e o governo precisa reembolsar o investidor com juros.
Os títulos mais procurados pelos investidores foram os vinculados à taxa básica de juros, a Selic, cuja participação nas vendas atingiu 44,8%. Os títulos corrigidos pela inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA) corresponderam a 41,2% do total, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, foram 14%.
O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 67,89 bilhões no fim de julho, um aumento de 2,3% em relação ao mês anterior (R$ 66,35 bilhões) e aumento de 9,5% em relação a julho do ano passado (R$ 61,98 bilhões).
Investidores
Em relação ao número de investidores, 454.524 novos participantes se cadastraram no programa no mês passado. O número total de investidores atingiu 11.949.797, alta de 53,6% nos últimos 12 meses. O total de investidores ativos (com operações em aberto) chegou a 1.597.402, aumento de 20,6% em 12 meses. No mês, o acréscimo foi de 38.755 novos investidores ativos.
A utilização do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas até R$ 5 mil, que correspondeu a 85,6% do total de 460.070 operações de vendas ocorridas em julho. Só as aplicações de até R$ 1 mil representaram 68,22%. O valor médio por operação foi de R$ 5.347,38.
Os investidores estão preferindo papéis de médio prazo. As vendas de títulos com prazo entre 5 e 10 anos representaram 50,1% e aquelas com prazo entre 1 e 5 anos, 35,8% do total. Os papeis de mais de dez anos de prazo representaram 14,1% das vendas.
O balanço completo do Tesouro Direto está disponível na página do Tesouro Nacional.
Fonte de recursos
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só precisa pagar uma taxa para a corretora responsável pela custódia dos títulos.
Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.
A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.
Alta da Selic atrai investidores
A principal explicação para esse aumento na procura por títulos do Tesouro Direto está na alta da taxa básica de juros, a Taxa Selic, elevada no início de agosto e que deve chegar a cerca de 7% ao ano até o fim de 2021, segundo a previsão do mercado.
Quando a Selic estava em cerca de 2%, como no ano passado e início desse ano, os títulos do Tesouro Direto não eram muito atrativos em comparação com outros tipos de investimento, ainda que eles sejam considerados mais seguros.
Agora, porém, é possível, cada vez mais, encontrar segurança e bons rendimentos nesse tipo de investimento então, é claro, os investidores estão todos de olho nesses ativos.
Com informações Agência Brasil.
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