A Vivo (VIVT3/VIVT4) registrou um lucro líquido de R$ 1,31 bilhão no terceiro trimestre de 2021 (3T21), o que representa uma alta de 8,5% em relação ao mesmo período de 2020.
Em suma, a Telefônica Vivo apurou receitas de R$ 11 bilhões, uma alta de 2,2% em relação a um ano antes. Já nos primeiros 9 meses deste ano (9M21), o lucro ficou em R$3,602 bilhões e dos 9M20 ficou R$3,478 bilhões.
As informações foram divulgadas pela empresa de telecomunicações na última quarta-feira, 27 de outubro, compondo a atual temporada de resultados trimestrais. Em suma, a receita fixa da Vivo voltou a crescer, e a receita de serviços móvel tem a maior aceleração em 6 anos. Já o lucro líquido subiu 8,5%. Abaixo, confira todos os detalhes.
Receita da Vivo aumenta no 3T21
O resultado positivo da receita da Vivo veio na esteira do crescimento no móvel e na banda larga fixa da marca. Entretanto, a rede legada de cobre (voz fixa, xDSL) e a TV por satélite (DTH), segue encolhendo.
A receita móvel da companhia aumentou 3,9% no período, para R$ 7,4 bilhões. Já a receita fixa (FTTH) somou R$ 2,5 bilhões, alta de 14,8% ano a ano. Enquanto isso, no móvel a empresa teve o maior número de assinantes dos últimos 5 anos: 82,25 milhões. Foram 5,53 milhões de adições em 12 meses.
O crescimento da base de assinantes ocorreu com a manutenção de preços. A receita média por usuário (ARPU), caiu no pós-pago (-0,5%), como no pré-pago (-7%). A ARPU no pós ficou em R$ 50,30 e no pré, em R$ 12,40 no período de alta inflação. No pré-pago, a ARPU também caiu por conta "do cenário econômico desafiador".
No fixo, a empresa teve uma perda de assinantes por conta dos desligamentos na base legadas - produtos de telefonia fixa, banda larga por cobre e TV paga via DTH. Ocorreu uma queda de 10,8% na quantidade de acessos fixos, para 15,17 milhões de assinantes. De acordo com a Vivo, isso foi compensado pela procura pelos produtos de fibra óptica (FTTx).
Ademais, a companhia encerrou o trimestre do 4,4 milhões de assinantes FTTH, após a adição de 310 mil clientes. O bom desempenho em fibra levou à retomada do crescimento da receita fixa, que caiu por 4 anos seguidos. Atualmente, os novos serviços da empresa já faturam 68,5% dos total a área fixa.
Com relação ao EBITDA, o mesmo cresceu cresceu 2,1% e alcançou R$ 4,4 bilhões, com margem de 40%. Já acumulado do ano, o EBITDA recorrente soma mais de R$ 13 bilhões. E assim, apresenta um crescimento de 1,9% em comparação ao mesmo período de 2020.
Por fim, os investimentos ao longo do trimestre foram de R$ 2,2 bilhões. O valor representa 20% da sua receita total, com aumento de 2,8 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2020. Cerca de 90% deste valor foi dedicado às iniciativas de crescimento e de transformação digital, representadas pela expansão das redes móvel e fixa e, ainda, pelo fortalecimento de seu hub de serviços digitais.
Cotação da Vivo
As cotações da VIVT3 terminaram o 3T21, cotadas a R$ 42,87. Isso representa uma alta de 2,1% em relação ao preço de fechamento de junho de 2021, com volume médio diário de negociação de R$ 105 milhões.
No mesmo período, as ADRs (VIV) terminaram o 3T21 cotadas a US$ 7,76, com uma desvalorização de 8,7%, sob influência da depreciação do real em relação ao dólar. Por fim, o volume médio diário negociado foi de US$ 8,4 milhões.
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